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Siomara conta com ajuda de Ezilda para tocar como uma empresa o Parque Residencial Fazendinha | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Siomara conta com ajuda de Ezilda para tocar como uma empresa o Parque Residencial Fazendinha| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

A entrega das listas telefônicas de 2011 criou um problema para o Parque Residencial Fazen­­­dinha, na região sul de Curitiba. Estocados, os catálogos somavam 14 pilhas de um metro e setenta cada, um volume difícil de armazenar mesmo para o maior condomínio da capital paranaense. Esse é só um dos desafios do empreendimento.

Com 63 mil metros quadrados, o conjunto habitacional se acostumou a administrar uma demografia que supera a de muitos municípios do interior do Brasil. São 640 apartamentos distribuídos por 32 blocos, totalizando 2,7 mil moradores. Assim, tarefas que seriam consideradas corriqueiras exigem soluções complexas de gestão.

"Funcionamos como se fosse uma empresa", define Siomara Kaltowski, que deixa escapar uma preferência em ser identificada como administradora do Parque Residencial Fazen­­di­­nha, ao invés de síndica. "Co­­nheço metade dos mo­­­radores, principalmente os mais antigos ou os que participam mais da vida do condomínio", estima. Ela ocupa o cargo há sete anos.

"Constituição" interna

Em vários aspectos, a administração do número 1.410 da Rua Carlos Klemtz, em frente ao terminal de ônibus do Fazendinha, exige uma estrutura semelhante à implantada em corporações empresariais de médio porte. São 42 funcionários contratados, dentre os quais um carteiro interno (que será responsável por dar destino às listas) e um profissional de Recursos Hu­­­manos.

As compras de material de limpeza ou lâmpadas, por exemplo, são feitas no atacado. As festa de Natal ou Páscoa costumam ter patrocínio de empresas da região. O regimento interno tem 32 páginas e 94 artigos, maior que a Constituição do Estado do Paraná.

"Aqui todos os blocos têm de tudo", define Siomara. Ela percebe que, ao longo de três décadas de existência, o residencial formou uma geografia humana própria, com contrastes e aproximações facilmente identificáveis. "Estamos na terceira geração de moradores, e sempre tem esse confronto dos mais velhos com os mais jovens. Quando acontece algum problema de comportamento, os moradores mais antigos se sentem desrespeitados", avalia.

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