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Desde 2003, a empresa Centronic Segurança e Vigilância vem sendo denunciada pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (SindVigilantes) à Polícia Federal (PF) por suspeita de uso irregular de armamento. A reportagem teve acesso a duas denúncias, de 16 de junho de 2003 e de 16 de novembro de 2005. Nas duas, o sindicato solicita à Polícia Federal uma "fiscalização urgente e rigorosa" na empresa por indícios de que haveria uso de armas irregulares pelos vigilantes da Centronic.

De acordo com as denúncias, as suspeitas eram de que a própria empresa fornecesse as armas – inclusive para vigilantes que fazem trabalho externo, cujo porte de arma é proibido por lei – e de que algumas delas teriam o número de registro raspado. "O trabalhador de segurança privada não pode andar armado na rua, pois o trabalho de patrulhamento é exclusivo da polícia", afirma o presidente do SindVigilantes, João Soares.

A assessoria de imprensa da Centronic informou que se pronunciaria sobre as denúncias do sindicato somente hoje em entrevista coletiva à imprensa. O delegado-geral da Polícia Civil, Jorge Azór Pinto, diz que as denúncias do SindVigilantes serão anexadas ao inquérito da morte do estudante Bruno Strobel Coelho Santos. Além disso, o secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, ordenou que a Polícia Civil solicite à Polícia Federal mais rigor na fiscalização de empresas de segurança privada no Paraná. Estimativa do SindVigilantes aponta que para os 18 mil trabalhadores regularizados do setor no estado existam 45 mil que atuam clandestinamente.

O chefe em exercício da Delegacia de Segurança Privada (Delesp) da PF no Paraná, Wilson Bonfim, afirma que em cada uma das regionais da entidade no estado existe uma comissão de fiscalização com três servidores cada. Sobre o pedido do secretário Delazari, Bonfim afirma que a Delesp está disposta a colaborar. "Vamos verificar todas as denúncias que a secretaria nos encaminhar", ressalta Bonfim. (MXV e MPM)

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