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Enquanto se discute o futuro dos bingos no Brasil, dois sindicatos do Paraná tentam colocar em discussão no Congresso Nacional a reabertura dos cassinos. O objetivo é incrementar o turismo social no Brasil, em regiões com baixo índice de desenvolvimento humano, como algumas cidades do litoral brasileiro, o sertão nordestino e as regiões amazônica e pantaneira com no máximo 100 mil habitantes. A proposta do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares, Casas Noturnas e Similares do Litoral Paranaense (Sindilitoral) e da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) foi enviada a deputados federais e senadores do estado, e também aos dirigentes do Congresso, na sexta-feira.

Segundo José Carlos Chicarelli, presidente do Sindilitoral, Guaratuba e Matinhos são cidades cotadas para instalar cassinos no litoral paranaense, que vem perdendo turistas na baixa temporada. Para Fábio Aguayo, presidente da Abrabar, o cassino pode atrair outras atividades para o estado, como shows e espetáculos. "Com essa confusão de bingo que se faça algo sério, autorizando os cassinos", afirmou Aguayo.

É antiga a idéia de reabrir os cassino no país, desde que o presidente Eurico Gaspar Dutra os fechou na década de 40. Apesar de ter muitos simpatizantes, não há projetos tramitando no Congresso. "Não há nada que impeça, se os cassinos e bingos forem controlados pelo estado", afirmou o jurista René Dotti, justificando que a própria Caixa Econômica Federal explora alguns tipos de jogos de azar, como a Mega-sena e a Loteria Esportiva, entre outros. "Sou a favor da regulamentação em razão dos empregos", explicou o jurista.

Mas a Federação Brasileira dos Bingos (Febrabingo) coloca os cassinos em terceiro plano. Segundo Carlos Eduardo Canto, presidente da entidade, o governo deveria primeiro autorizar as máquinas de vídeobingo, depois os bingos e só aí os cassinos. "Hoje sou contra cassinos no Brasil se não temos nem o bingo, que é um jogo praticamente de igreja. Por isso, é preciso ir por partes", disse.

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