A ativista Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, uma das 23 pessoas acusadas de formação de quadrilha pelo Ministério Público do Rio, incitou manifestantes a incendiar o prédio da Câmara Municipal do Rio, durante um protesto em 2013, e a queimar um ônibus, em outro ato realizado no ano passado. É o que aponta denúncia apresentada à Justiça pelo promotor Luís Otávio Figueira Lopes na sexta-feira. (18)
"Durante a ocupação (do prédio da Câmara, iniciada em agosto de 2013), Elisa Sanzi foi vista comandando manifestantes no sentido de carregarem três galões de gasolina para a Câmara Municipal, passando a incitar os demais manifestantes a incendiar o prédio, objetivo não alcançado em razão da intervenção de outros participantes dos atos", escreve o promotor na denúncia. Ele afirma que essa acusação consta do depoimento de uma testemunha, não identificada.
Elisa também é apontada como uma das oito "responsáveis pela decisão de incitar os ocupantes do movimento Ocupa Câmara a promoverem a queima de um ônibus, o que foi feito após a realização de uma das reuniões fechadas da frente (Independente Popular)".
Sininho está presa desde 12 de julho. Outros quatro denunciados também estão detidos, enquanto 18 pessoas acusadas por formação de quadrilha estão foragidas. Todas tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio.
Nesta segunda (21), advogados devem pedir habeas corpus em favor dos ativistas ao Tribunal de Justiça do Rio.
- PM do Rio prende 4 soldados acusados de agredir jornalistas em protesto
- Justiça do Rio manda soltar ativistas
- Dezoito ativistas são considerados foragidos no Rio
- Ativistas decidiam atos violentos em reuniões fechadas, diz promotor
-
As bombas fiscais que Lira e Pacheco podem armar contra o governo Lula
-
Twitter Files Brasil: e-mails mostram que busca do TSE por dados privados também afetou personalidades da esquerda
-
O atraso como consequência da corrupção e da ineficiência
-
Silas Malafaia vira “porta-voz”de Bolsonaro para críticas a Moraes
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil