Sistema Via fácil do pedágio não funciona

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As filas na praça de pedágio na BR-277, entre Curitiba e litoral, cansaram o bancário Ronaldo Sérgio de França, 38 anos. Morador de Matinhos, França viaja constantemente à capital e, com o custo de R$ 48,34, mais uma taxa mensal de R$ 8,72, decidiu instalar no carro o Via Fácil, sistema eletrônico que permite ao usuário pagar a tarifa sem parar o veículo.

O que era para ser uma facilidade virou um problema. Em dois meses, França foi retido sete vezes no sentido litoral-Curitiba. Em todas, a cancela só foi liberada após funcionária da Ecovia, concessionária que administra o trecho, checar o cadastro do bancário. No sentido contrário, o sistema sempre funcionou.

Após a segunda falha, França trocou o aparelho no Sistema de Atendimento ao Usuário da Ecovia, mas o problema continuou. A situação mais constrangedora foi sábado. Depois que a cancela foi aberta, o bancário seguiu viagem até ser abordado por uma viatura da Polícia Rodoviária Federal. "Tive que pagar de novo. Fiquei quase duas horas lá e perdi compromissos em Curitiba."

A reportagem acompanhou França nesta quinta-feira à tarde, na oitava tentativa. Uma luz vermelha se acendeu no momento em que ele chegou à cancela. Como das outras vezes, só foi liberado por uma funcionária da Ecovia. Agora, ele pensa em buscar reparação. "Vou recorrer à Justiça, por danos morais e materiais."

Das oito vezes, o bancário entrou quatro vezes em contato com o atendimento do Grupo STP, que administra o sistema. Ontem, ele telefonou novamente para o número 0800-015-0252. A atendente pediu vários dados e disse que o usuário deveria voltar a ligar dia 19 de janeiro para ter uma posição.

Por meio da assessoria de imprensa, a Ecovia informa que as arrecadadoras são orientadas a checar os dados do usuário quando o sistema não funciona. Segundo a Ecovia, França foi abordado pelos policiais porque não aguardou a checagem. A assessoria do grupo STP informou que a possibilidade de a cancela não abrir é de 0,02%. A empresa ficou de esclarecer a situação de França, mas não retornou a ligação até o fechamento da edição.