• Carregando...
Corredores vazios ainda refletem o medo dos pacientes depois da descoberta da bactéria, há uma semana | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Corredores vazios ainda refletem o medo dos pacientes depois da descoberta da bactéria, há uma semana| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Londrina - Nove de dez exames realizados em pacientes internados no pronto-socorro (PS) do Hospital Universitário de Londrina (HU) deram negativo para a presença da bactéria Klebsiella spp ou Enterobacter. A entrada de novos pacientes no PS e nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) foi suspensa na semana passada após a constatação da presença da bactéria multirresistente. Os exames foram realizados pelo Laboratório de Microbiologia do HU e o resultado do décimo paciente, previsto para ontem, não havia sido divulgado até o início da noite.

A direção do HU havia informado que faria exames em 25 pacientes, mas foram feitos apenas dez porque se dispensou os pacientes dos PS Pediátrico e Obstétrico. Estes pacientes não passaram por exames, pois não teriam tido contato físico e nem ocupado o mesmo espaço do primeiro paciente que apresentou a bactéria. Segundo a coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Cláudia Carrilho, os exames serão repetidos e se voltarem a dar negativo a internação de novos pacientes no PS poderá ser liberada.

A constatação da presença da bactéria levou à suspensão de novas internações na UTI e restringiu o atendimento em quase todo o pronto-socorro. Já foi confirmada a contaminação de 16 pacientes pela bactéria multirresistente, mas ninguém desenvolveu infecção. Há ainda cinco casos de pacientes sob suspeita na UTI. Segundo Cláudia, esses exames são mais complexos, por isso a demora no resultado.

Na quinta-feira, a CCIH começou a testar o antibiótico chamado de Tigeciclina em um paciente. O mesmo medicamento apresentou bons resultados no combate ao micro-organismo do primeiro contaminado, que tomou o remédio durante sete dias, apresentou melhora e recebeu alta. Entretanto, Cláudia disse que o Tigeciclina só tem eficácia em alguns tipos de infecções causados pela Klebsiella, como infecções de pele, nos músculos e tecidos abdominais.

A bactéria chegou ao HU por meio de um paciente que esteve internado em Goiás (primeiro em Itumbiara, depois em Goiânia) e foi transferido para Londrina em fevereiro. Vítima de um acidente, o paciente teria sido transferido com um equipamento contaminado. O segundo caso foi confirmado dia 10 de março. A situação do HU de Londrina também preocupa as autoridades responsáveis pela unidade em Maringá.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]