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São Paulo - Um estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostra que praticamente todos os motoristas paulistanos com crianças no carro as transportam no banco traseiro (90%). Por outro lado, apenas 30% seguem por completo as regras de segurança, com elas sendo levadas no banco traseiro e nas cadeirinhas ou com cinto de segurança.

Os motoristas vão precisar se adaptar até 9 de junho, quando entram em vigor novas re­­­gras para o transporte de crianças. Até os 10 anos, elas devem ser transportadas no banco de trás e, dependendo da idade, terão de estar em um dispositivo de segurança específico. Em caso de infração, a multa será de R$ 191,54.

A obrigatoriedade dos dispositivos é apontada como avanço por reduzir o risco de morte em acidentes – em 71%. Mas as próprias autoridades reconhecem que a fiscalização é difícil. No ano passado – com a regra determinando apenas que crianças fossem levadas no banco de trás e com cinto –, foram registradas na cidade de São Paulo apenas 3.058 autuações por transporte de crianças de maneira inadequada – 0,04% do total aplicado.

Fiscalização

A tendência é de que as novas regras sejam mais difíceis de fiscalizar, uma vez que os agentes não conseguem muitas vezes visualizar o interior dos veículos, muito menos saber a idade das crianças. "A fiscalização é extremamente difícil, como já é a fiscalização do cinto de segurança no banco traseiro", disse o secretário dos Transportes paulistano, Alexandre de Moraes, no lançamento da campanha de conscientização do Departa­­mento Nacional de Trânsito (Denatran).

Dada a dificuldade, as autoridades estão investindo na conscientização dos pais. "Nosso objetivo não é multar, mas garantir a vida", disse o ministro das Cidades, Márcio Fortes. "Todo mundo acha que não vai acontecer em casa. Mas eu perdi um filho no trânsito. Só acontece com os outros? Aconteceu lá em casa", se emocionou o ministro, ao lembrar o acidente que vitimou o filho de 22 anos.

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