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Apenas cinco municípios do Paraná estão em situação avançada para dar destinação correta aos resíduos sólidos. Segundo o coordenador do Centro Operacional de Apoio do Meio Ambiente do Mi­­nistério Público, procurador de justiça Saint-Claire Honorato San­­tos, as cidades de Tibagi, Bituruna, Rio Negro, Morretes e Londrina estão com projetos que visam reaproveitar a maior parte possível do material reciclável. "Nesses municípios, há projetos que envolvem os catadores de materiais recicláveis. Dessa forma, além de haver o reaproveitamento do material, há também um resgate social desses catadores", afirma. As demais prefeituras estão irregulares desde 2007, quando foi sancionada uma lei federal que determina aos municípios realizarem o manejo dos resíduos sólidos de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente.

"Existe uma lei federal que re­­gu­­lamenta o tema dos resíduos só­­lidos. O Plano Nacional, sancio­na­do ano passado, vem para co­­brar mais uma vez os municípios, já que todos estão irregulares. Se não cumprirem a determinação, os governantes municipais podem sofrer ações de improbidade administrativa."

Uma das cidades mais avançadas para cumprir as determinações do Ministério do Meio Am­­biente é Londrina, com 506 mil habitantes. Cerca de 85% dos bairros londrinenses têm algum tipo de coleta seletiva de lixo. Em 2010, a Cooperativa de Catadores de Materiais Reci­­cláveis e de Resíduos Sólidos de Londrina (Coopersil), que reúne 206 associados, comercializou por mês, em média, 200 toneladas de material reciclável.

Segundo o diretor técnico da Secretaria de Meio Ambiente, José Paulo da Silva, os detritos de construções civis e do comércio são recolhidos e reaproveitados. "A gente procura reaproveitar tudo que é possível. Antes existiam 90 locais de descarte clandestinos, hoje já não temos mais isso."

No entanto, alguns problemas começam a aparecer na cidade, que já foi referência nacional em coleta seletiva. Desde maio, quando a prefeitura rompeu o contrato com a empresa até então responsável pelo transporte do lixo até os barracões, as duas cooperativas da cidade enfrentam dificuldades para realizar o trabalho. Uma delas consegue atender atualmente apenas 20 mil dos 95 mil domicílios que deveriam ser contemplados com o serviço.

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