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Subiu para cinco o total de mortos em uma chacina ocorrida no início da madrugada de sexta-feira (23), na Favela do Jardim Padroeira 2, em Osasco, Grande São Paulo. Também, duas pessoas estão feridas após a terceira chacina do ano registrada na Região Metropolitana da capital paulista. As outras duas, em Mauá, deixaram seis vítimas fatais ao todo.

De acordo com o investigador do Setor de Homicídios de Osasco Ivan Carlos, ainda não há informações sobre a motivação e os autores do crime. "Os vizinhos só disseram que ouviram os estampidos." Ele disse que as vítimas foram atingidas no tórax e na cabeça, aparentemente a curta distância, e que elas provavelmente estavam andando pela viela no momento em que foram baleadas.

No local morreram Camila Safira Lemos da Silva, de 25 anos, José Marcos da Silva, de 34, e um segundo homem, ainda não identificado, mas que conforme vizinhos se chamaria Marcelo. Um estudante de 15 anos chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Municipal Antônio Giglio. Um homem, ainda sem identificação, foi levado ao Pronto-Socorro Pestana, mas também não resistiu.

T.S.S, de 17 anos, permanece internado em estado grave no Hospital Municipal Antônio Giglio, onde passou por cirurgia. A sétima vítima, José Rodivone Assunção de Santana Sobrinho, de 26 anos, está internada no Hospital Regional de Osasco.

Dezessete cápsulas de pistola calibre 380 foram apreendidas pela polícia no local. O investigador afirmou que, caso alguma testemunha tenha informações sobre o crime, deve fazer uma denúncia anônima por meio do telefone 181. As investigações do crime devem ser feitas pelo setor de Homicídios de Osasco e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Osasco.

As vítimas

A única mulher morta na chacina tinha quatro filhos, de 1, 5, 7 e 9 anos, e fazia bicos como doméstica. Segundo a mãe de Camila, a babá Ana Elisa Lemos da Silva, de 46 anos, a jovem também dependia da ajuda do pessoal da comunidade para amparar a família. Ela era viúva há nove anos e há um morava na Favela do Jardim Padroeira 2. "Minha filha nunca teve passagem pela polícia", afirmou. Quando ouviu os tiros, a mãe da vítima estava na casa de outra filha, de 27 anos, que também mora na favela.

O estudante, que morreu no hospital, não era morador local. De acordo com uma prima do jovem, que tinha o apelido de Bolinha, ele morava em Jandira e veio passar alguns dias na sua casa. "Ele estava aqui há dez dias e iria embora no sábado", contou Priscila Fernandes, de 20 anos.

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