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Há mais crimes hoje nos Complexos de Favelas do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, que antes da ocupação das comunidades pelas forças de segurança, em novembro de 2010. Nos seis primeiros meses deste ano, o total de ocorrências registradas, 6.188, foi 30,1% maior do que no primeiro semestre de 2010: tiveram alta crimes como tentativa de homicídio (250%), lesão corporal dolosa (81,8%) e estupro (66,7%).

Só neste ano, cinco policiais militares das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Alemão e da Penha morreram em confrontos com traficantes – o maior número de baixas de militares desde a criação do projeto, em 2007. O comandante das UPPs, coronel Frederico Caldas, classificou o último mês de março como "o momento mais crítico desde o início das UPPs". Num só mês, três PMs morreram no Alemão e na Penha, entre eles o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, tenente Leidson Acácio Alves Silva, de 27 anos.

Nas últimas semanas têm sido frequentes os tiroteios. Em julho, o teleférico do Alemão ficou cinco dias fechado, deixando 12 mil pessoas diariamente sem o transporte. Escolas públicas também não puderam abrir e, num só dia, mais de 10 mil crianças e adolescentes ficaram sem estudar. "Não imaginava que, depois de 2010, fosse acontecer tudo isso de novo", disse Rene Silva, 21 anos, diretor do jornal Voz da Comunidade.

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