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O cirurgião plástico Sérgio Luiz Lopes se surpreendeu com a recuperação de Wagner Roberto Adolfato de Souza – um dos 58 passageiros que sobreviveram à queda de um avião no leste do Peru, na terça-feira passada. O médico integra a equipe multidisciplinar responsável pela continuidade do tratamento de Wagner no Hospital Evangélico, em Curitiba. "Fiquei impressionado e até pensei que quem tinha caído do avião era eu e não ele. Ele está muito bem", brincou.

Em entrevista coletiva ontem, Wagner falou sobre o apoio recebido no Peru. "Quero agradecer o pessoal de Pucallpa que me atendeu muito bem, o pessoal das empresas em que eu ia fazer algumas visitas. Muitos voluntários apareceram no Peru, sabendo que eu estava sozinho, sem minha família". Ele tem expectativa de voltar a uma vida normal, e lembrou de quando percebeu que tinha acontecido um milagre. "Naquele momento eu, mesmo olhando todos meus ferimentos, olhei para cima e agradeci muito a Deus por estar vivo. Eu já estava debaixo da árvore, as explosões já tinham ocorrido, realmente era um milagre eu estar vivo", declarou.

O médico Sérgio Lopes tem cerca de 20 anos de experiência em atendimento a queimados, já teve outros pacientes vítimas de acidentes aéreos e não classificou Wagner como um dos mais graves. O médico disse ainda que dificilmente o sobrevivente irá apresentar seqüelas ou cicatrizes. "Eu acredito que não há necessidade de enxerto, mas ainda é muito precoce dizer isto."

Wagner está internado desde ontem no setor especializado por queimados do Hospital Evangélico, onde deve permanecer por aproximadamente mais duas semanas, dependendo da recuperação do seu organismo. Ele teve 25% da área do corpo atingida por queimaduras de segundo grau, nos membros superiores, rosto e mãos, mas está confiante. "Cada dia que eu me vejo no espelho, eu me sinto melhor. Realmente o que os médicos estão dizendo é verdade: eu vou me recuperar disso aí sem nenhuma seqüela", acredita o paciente.

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