A Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba (SEB), mantenedora do Hospital Evangélico, e dois de seus ex-presidentes - Darby Valente e o deputado federal André Zacharow (PMDB-PR) - foram condenados pelo Tribunal de Contas do Paraná (TCE) a devolver R$ 470.216,29 à prefeitura de Curitiba. A Corte considerou irregular a prestação de contas de um convênio assinado pela SEB e pela prefeitura em 2008.

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O convênio firmado naquele ano objetivava a manutenção do Centro de Especialidades Médicas do Bairro Novo pelo Hospital Evangélico. Segundo o TCE, as contas foram julgadas irregulares por causa do pagamento de pessoal sem a relação direta com atividades previstas no convênio, além da aquisição de medicamentos e materiais hospitalares sem comprovação de utilização.

O valor total do convênio era de R$ 2.772.00,00. Os recursos eram repassados do município para o hospital, e a Sociedade Evangélica, segundo o TCE, utilizava o dinheiro para pagamento de pessoal do hospital como um todo e também da Faculdade Evangélica. Uma inspeção feita em 2013 pelo próprio Tribunal constatou irregularidades na transferência de verba do convênio para atividades dentro do Centro de Especialidades.

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A condenação é mais um revés da SEB em meio à crise pela qual passa a instituição. O Hospital Evangélico chegou a interromper o atendimento ao público por quase três dias em dezembro de 2014 por falta de verba e enfrentou no ano passado paralisação de funcionários que reclamavam do atraso no pagamento de salários. No caso da Faculdade Evangélica, cursos foram encerrados para cortar custos.

A assessoria de imprensa da SEB informou que o departamento jurídico da entidade vai recorrer da decisão junto ao TC e, até que o recurso seja julgado, não vai se manifestar sobre o caso. O gabinete deputado federal e ex-presidente da entidade André Zacharow também foi contatado, mas, até as 14h30, a reportagem não recebeu retorno. A reportagem também tenta contato com Darby Valente.