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Apesar da diminuição da violência em locais em que Uni­dades de Polícia Pacificadora (UPP) já foram instaladas no Rio de Janeiro, alguns especialistas veem o projeto das UPP com ressalvas. É o caso do coordenador do Núcleo de Estudos em Cidadania, Conflito e Violência Urbana da Universidade Federal Fluminense (UFRJ), Michel Misse, que lembra que a maioria das unidades pacificadoras está concentrada em áreas mais nobres, como a zona sul da cidade do Rio de Janeiro.

Ele questiona se as UPP têm o objetivo de proteger os moradores das favelas ou os do "asfalto". De acordo com a Agência Brasil, ele diz, por exemplo, que as comunidades carentes deveriam receber, além da atenção dos órgãos de segurança pública, iniciativas nas áreas de educação, saúde e saneamento básico e, segundo Misse, isso não ocorre na maioria das favelas com UPP.

O sociólogo também diz que o projeto não conseguiu nem conseguirá acabar com a venda de drogas enquanto houver demanda por drogas. "Tem gente vendendo drogas no Santa Marta [primeira comunidade a receber a UPP, no final de 2008], só não tem mais aquele controle de território, ostensivo, armado", afirma.

Michel Misse também acredita que a implantação do projeto em comunidades como o Complexo do Alemão e o Ja­­carezinho, na zona norte da cidade, será muito mais complicada do que as instalações de UPPs feitas até hoje.

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