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Um policial militar foi preso em Foz do Iguaçu, no Oeste, na madrugada desta sexta-feira (30), suspeito de ter vazado informação de um boletim de ocorrência, por meio de aplicativo de celular. No documento, consta o furto de R$ 300 mil e duas armas, pertencentes ao prefeito de Foz, Reni Pereira (PSB). Segundo o prefeito, o dinheiro foi sacado do banco por ordem de um juiz e trata-se de um alvará judicial, e as armas possuem registro. Tanto o dinheiro, quanto as armas estavam, a pedido do próprio prefeito, sob os cuidados de um guarda municipal que faz a segurança particular de Reni.

Em entrevista à RPC TV, o advogado do policial militar, que não teve o nome revelado pela corporação, afirmou que não houve crime por parte do soldado. “Está havendo um engano. Este documento é público, não é porque ele é prefeito municipal que não pode ser dada notícia disso. Se fosse documento sigiloso, devia estar classificado dentro da lei como documento secreto. Se é tudo legal [o dinheiro e as armas], não tem por que ficar com este tipo de situação. A corda sempre quebra para o lado mais fraco”, opinou Jorge da Silva Julian.

De acordo com o tenente Mendes, assessor de comunicação do 14.º Batalhão da Polícia Militar em Foz, o boletim de ocorrência é público somente para as partes interessadas e envolvidas. “Esse crime é previsto no código penal militar, tange o artigo 326, seria o de divulgar ou facilitar a divulgação do fato que tenha conhecimento em razão da função. O boletim de ocorrência é um documento público, em que o acesso é restrito às partes interessadas ao boletim especificamente”, afirmou. O soldado segue preso na sede da PM, à disposição da justiça militar.

Furto

A Polícia Civil investigou o caso. Uma pessoa acabou presa pelo crime de apropriação indébita, e liberada após pagamento de fiança. Ao ser questionado pelos policiais, o homem confessou ter se apropriado dos objetos e indicado onde estariam escondidos. De acordo com as investigações, essa pessoa é parente do guarda municipal. Parte do dinheiro recuperado e as armas foram devolvidos ao prefeito Reni Pereira.

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