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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta segunda-feira (9), no final da tarde, que a invasão do prédio principal da sede do ministério por mais de 300 mulheres da Via Campesina, durante a manhã, foi um ato pacífico, mas fora de foco. As militantes ficaram no local por mais de quatro horas e dois vidros da entrada foram quebrados.

"Tirando o incidente com os vidros, que não sei em que circunstância ocorreu, foi um ato pacífico. Não atrapalharam o trabalho no ministério. Eu acredito que as reivindicações, para que pudessem ser avaliadas, teriam de ser mais específicas", afirmou o ministro.

Stephanes disse que não vê a diferença de conceito colocada pela Via Campesina entre agronegócio e agricultura familiar. "O pequeno agricultor que trabalha com alta tecnologia, com alta produtividade, e é vinculado a associações ou mesmo a cooperativas, participa do agronegócio assim como a média e a grande propriedades participam", disse. Segundo ele, não faltam recursos para a agricultura familiar.

De acordo com o ministro, as reivindicações do movimento seriam relativas à agricultura de subsistência, que tem mais dificuldades. "Aí, tem que analisar em cada região, em cada assentamento, o que está acontecendo. Pode ser falta de assistência técnica, normalmente, ou condições de mercado para aquilo que está sendo produzido, ou podem ser até outras razões que precisam ser verificadas", analisou.

Durante a manifestação, a coordenadora nacional da Via Campesina, Itelvina Masioli, disse que a ocupação do prédio servia para "dizer à sociedade e ao ministro que o Ministério da Agricultura tem que estar a serviço da produção de comida, da soberania alimentar. E não pegar recursos públicos para financiar o agronegócio e as transnacionais". Stephanes disse que o Brasil produz para alimentar sua população e excedentes para exportação.

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