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Brasília – O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem suspender o julgamento de uma reclamação que poderá livrar políticos de responder por supostos atos de improbidade administrativa. Depois de muita discussão, o ministro Eros Grau resolveu pedir vista, adiando o julgamento.

Durante o debate, uma intervenção do vice-presidente do STF, Gilmar Mendes, criou um clima de constrangimento com o Ministério Público (MP). Mendes insinuou que alguns integrantes do MP fazem uso político das ações de improbidade que, apesar de serem movidas contra autoridades, tramitam na Justiça de 1.ª Instância.

Para exemplificar esse pensamento, o vice-presidente do STF citou uma ação movida por integrantes do MP contra o ex-ministro e deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) por suposto desvio de dinheiro. Segundo Mendes, Jungmann foi acusado "escandalosamente".

De acordo com o vice do STF, ocorreu um uso político notório. No caso, a intenção seria interferir na eleição para a Câmara dos Deputados. Colega de Mendes no STF, Cézar Peluso completou: "Esse é um instrumento que serve de abuso político notório."

Presente ao julgamento, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, não falou sobre essas críticas.

Durante o julgamento, ministros do STF sugeriram que o tribunal se posicione sobre as ações de improbidade em casos que ainda não começaram a ser julgados.

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