O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (15) que acredita que o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) sobre o ensino religioso nas escolas da rede pública terá início no segundo semestre. Essa é a data prevista para que ele apresente o relatório da ADI. Caberá ao presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, definir a inclusão do tema na pauta para votação no plenário da casa.
A ação, proposta pela Procuradoria-Geral da República, questiona se o ensino religioso deve ser vinculado a uma religião específica (confessional) ou de forma laica, abordando apenas aspectos históricos. “O que há atualmente não é falta de regulamentação, mas uma divergência sobre a interpretação das normas vigentes”, disse Barroso após o encerramento do ciclo da manhã de uma audiência pública realizada no STF sobre o tema. A audiência pública prossegue nesta tarde. A Constituição Federal prevê o ensino religioso no ciclo fundamental, mas não há nenhuma referência se ele deve ser confessional ou não. Atualmente, Estados decidem qual modelo preferem adotar.
Barroso afirmou ainda não ter uma posição definida sobre o tema do qual é relator. “Só chega a conclusão no fim. A questão é complexa. Embora a interpretação constitucional seja uma atividade técnica, uma decisão sobre o ensino da religião repercute sobre toda a sociedade e sobre sentimentos das pessoas em geral. Pretendo levar em conta o sentimento social majoritário”, disse.
- Aquecimento é causado pela atividade humana, diz rascunho de encíclica papal
- O que é “ideologia de gênero”?
-
As bombas fiscais que Lira e Pacheco podem armar contra o governo Lula
-
Twitter Files Brasil: e-mails mostram que busca do TSE por dados privados também afetou personalidades da esquerda
-
O atraso como consequência da corrupção e da ineficiência
-
Silas Malafaia vira “porta-voz”de Bolsonaro para críticas a Moraes
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil