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Juarez é acusado de matar o estudante Osíris Del Corso e balear Monik Pegorari no Morro do Boi em Matinhos | Jonathan Campos/Agência de Notícias Gazeta do Povo-Arquivo
Juarez é acusado de matar o estudante Osíris Del Corso e balear Monik Pegorari no Morro do Boi em Matinhos| Foto: Jonathan Campos/Agência de Notícias Gazeta do Povo-Arquivo

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido liminar de revogação da prisão preventiva de Juarez Ferreira Pinto, acusado de ser o autor do crime do Morro do Boi, ocorrido em Matinhos, litoral paranaense, no mês de janeiro. O ministro decidiu que Juarez deve ficar preso até o julgamento final do habeas-corpus. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico nesta quarta-feira (4).

A decisão sobre a liberdade ou não de Juarez será tomada pelo colegiado de ministros. O advogado Nilton Ribeiro, que representa o acusado, acredita que habeas-corpus deve ser julgado em no máximo dois meses. "O próprio ministro Marco Aurélio já concedeu habeas-corpus em casos semelhantes. Não vejo como ele não soltar o Juarez", afirmou Ribeiro.

O STF é a última instância em que o acusado por recorrer para conseguir a liberdade. Em agosto, o Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná negou o habeas-corpus para Juarez. Na ocasião, os desembargadores entenderam que havia indícios de autoria do crime e, por isso, o suspeito deveria permanecer detido.

O crime

Os estudantes Monik Pegorari, de 23 anos, e Osíris Del Corso, 22, foram baleados no dia 31 de janeiro no Morro do Boi, em Matinhos. Monik ficou 18 horas no local do crime até ser resgatada pela polícia. Osíris morreu na hora.

No dia 17 de fevereiro, Juarez Ferreira Pinto, de 42 anos, foi detido pela polícia no balneário de Santa Terezinha, em Pontal do Paraná, com base em retrato falado feito com informações da vítima. Juarez alegou inocência desde o princípio.

Caso encerrado

No dia 26 de fevereiro, a polícia anunciou o encerramento do caso e o indiciamento de Juarez. E revelou que duas provas apresentadas pela defesa haviam sido adulteradas: um caderno com anotações sobre a movimentação do caixa da empresa onde Juarez trabalhava e uma folha solta de papel, onde era controlada a quantidade de carrinhos de chope que saíam para a praia – Juarez trabalhava limpando os carrinhos. As datas dos dois documentos estavam rasuradas.

Nova prisão

No dia 25 de junho, Paulo Delci Unfried foi preso por invadir uma casa e violentar uma mulher, em Matinhos. Ele confessou ter matado Osíris e baleado Monik. Com ele havia duas armas e o exame de balística confirmou que o tiro que matou o estudante partiu de uma delas. Mas em acareação disse ter sido torturado para confessar.

O Juizado Criminal de Matinhos determinou a soltura de Unfried em 31 de julho. O pedido de relaxamento de prisão, referente à acusação de roubo e abuso sexual no balneário de Betaras, foi solicitado pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP). Investigações do Gaeco não comprovaram indícios de que Unfried tenha cometido os crimes do balneário Betaras.

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