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Após três semanas sem professor fixo de matemática, o equivalente a 13 dias letivos, uma das quatro turmas da 8.ª série do Colégio Estadual Júlia Wanderley, no bairro Batel, em Curitiba, retomou o conteúdo da disciplina com uma professora substituta.

Para 113 alunos das demais turmas, porém, o segundo semestre letivo da disciplina irá começar efetivamente na próxima segunda-feira, seguindo a grade curricular.

Por motivos de saúde, a professora titular está licenciada desde o dia 24 de julho, quando reiniciaram as aulas. O atraso deixou alguns alunos apreensivos.

"Nas férias, ficamos duas semanas sem Matemática. Agora, no início das aulas, ficamos mais um tempo sem", contou um aluno que preferiu não se identificar.

Com média alta na disciplina, ele até que tentou acompanhar o conteúdo pelos livros. "Mas é meio difícil de entender", completou.

O diretor da escola, Josias Fagundes, rebateu as críticas e disse que durante o período de licença da titular o conteúdo foi dado aos estudantes. "Anteontem, eu mesmo fui para sala de aula", afirmou.

Segundo Fagundes, a professora titular deixou algumas aulas preparadas antes de entrar em licença. Ela retorna às aulas na próxima quarta-feira, dia 22. Até lá, a substituta Maria Cristina Pacheco pretende repor o conteúdo. "No período da tarde, é possível repor todas as aulas que estavam em haver", disse a professora.

De acordo com o diretor, a substituição não foi imediata por conta da dificuldade em encontrar um professor habilitado. O presidente da APP–Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná, José Lemos, acredita existir um "apagão" de professores em todo o país. "É complicado repor as aulas. Por mais que os outros se disponham a ajudar, eles também têm suas salas. Fica muito difícil quando não tem professor para substituir", afirmou Lemos. Para ele, o problema é nacional e poderia ser solucionado com a contratação de mais profissionais, melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

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