O engenheiro civil Laércio Hildebrand, de 44 anos, está desaparecido desde a manhã de terça-feira e há suspeitas de que tenha sido seqüestrado. Ele foi visto pela última vez quando saía de uma obra no bairro do Boqueirão, em Curitiba, por volta das 10 horas. O carro de Hildebrand, um Uno azul-marinho 95, foi encontrado na tarde do desaparecimento dentro do estacionamento do Zoológico de Curitiba, no Alto Boqueirão.
Uma testemunha que prefere não ser identificada viu um jovem de cabelos compridos deixar o carro no estacionamento e se dirigir ao bosque que fica em frente ao zoológico, por volta das 11 horas da manhã de terça-feira. "Não deu pra reparar muito como a pessoa era, porque ela saiu correndo e foi para o meio do mato, mas dava pra ver que ele era jovem e tinha cabelos compridos", diz a testemunha, que depois comunicou a Guarda Municipal sobre o carro.
A Guarda Municipal mobilizou 12 homens para fazer uma busca em toda a área do zoológico e do Parque Náutico do Iguaçu. Até às 19 horas de ontem, nada havia sido encontrado. "Fizemos uma busca na região, no local para onde a pessoa que deixou o carro se dirigiu, e não achamos nada", informou o guarda-municipal José Luís Dalla Villa, que participa do grupo de buscas.
A tia do engenheiro, Rosana Aparecida da Silva, não descarta a possibilidade de assassinato: "Estivemos no IML e nos hospitais, mas ninguém tem sinal dele. A gente só acha estranho que, se fosse seqüestro, alguém tentaria entrar em contato com a gente", diz ela.
Hildebrand tinha uma reunião marcada para as 14 horas de terça-feira e não compareceu, o que levou a família a acionar a polícia. Segundo Rosana, ele iria fechar o contrato da venda de três sobrados que estão em fase de construção no Boqueirão.
O desaparecido é natural de São Jorge do Patrícinio, no norte do estado, e mora em Curitiba há 20 anos. Ele tem uma empresa de engenharia civil, é solteiro e não tem filhos, mas, segundo a tia, vive com uma parceira.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Paraná (Sesp), o caso ainda não foi repassado para o Grupo Tigre, especializado em seqüestros, porque não há confirmação do crime. O caso continua com a Delegacia de Vigilância e Capturas, onde a família prestou queixas do desaparecimento.
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