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A Delegacia de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, que está com a carceragem superlotada, ainda não iniciou a transferência de presos. Na quarta-feira (15), foi divulgada a decisão da Comarca de Fazenda Rio Grande que determinou a interdição da carceragem da delegacia do município, que abrigava quatro vezes mais detentos do que tinha capacidade.

Com capacidade para 24 pessoas, a carceragem abrigava 104 presos. Na quarta-feira (15), seis detentos deixaram o local porque receberam alvará de soltura. Mesmo assim, a delegacia permanece com 98 presos. Dentre eles, segundo a Polícia Civil, existem 37 que já foram condenados e deveriam ser encaminhados para o sistema prisional.

A justiça determinou, além da transferência de presos, que a delegacia não receba mais detentos. O estado deve cumprir os pedidos em até dez dias, sob pena de multa. A polícia aguarda que o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) defina uma destinação para os homens detidos em Fazenda Rio Grande.

Outros casos

No último dia 23 de novembro, a Justiça também determinou a interdição da cadeia de São José dos Pinhais, na RMC. Em seis celas, 144 presos dividiam um espaço adequado para, no máximo, 35 pessoas. Além da superlotação, as condições das instalações também eram precárias. A comissão de defesa dos direitos humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) chegou a apurar que casos de desmaios e de presos que passam mal diante do calor não são raros.

Uma semana depois, no dia 30, Maikon Pereira Alves da Silva , de 24 anos, que estava preso na carceragem do 12º Distrito Policial, em Curitiba, morreu dentro da cela. A cadeia do 12º DP está interditada há cerca de dois anos. As celas têm capacidade para 28 presos, mas chegam a abrigar 155. Segundo a comissão, as condições das instalações também são de insalubridade e sub-humanas.

Na capital, a Delegacia de Furtos e Roubos, o 9º DP (carceragem destinada exclusivamente a mulheres) e o 11º DP também estão interditados judicialmente.

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