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O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou ontem a ação mais an­­tiga que tramitava na corte: fo­­ram 52 anos para dar a palavra final em uma disputa por ter­­ras em Mato Grosso e Mato Gros­so do Sul. A lentidão do Tri­bunal acabou sendo decisiva pa­­ra o resultado, já que, apesar de reconhecer que havia ilegali­dade no caso, os ministros pre­fe­riram não desfazer uma situação que se consolidou há décadas.

A ação foi ajuizada em 1959 pelo então procurador-geral da República, Carlos Medeiros Silva. Ele alegava que o estado de Mato Grosso, antes da divisão que levou à criação de Mato Grosso do Sul, desrespeitou a Constituição da época ao doar terras com área su­­perior a 10 mil hectares para seis empresas, no contexto da colonização do Centro-Oeste. De acordo com o Ministério Público, a doação não poderia ser feita sem a autorização do Senado e teria, portanto, que ser anulada. O relator do caso, ministro Cezar Peluso, lembrou que a área abriga mais de 80 mil pessoas em vários municípios.

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