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Decolagem - Fumaça em turbina cancela vôo

São Paulo – Um avião da Varig apresentou problemas ao decolar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na noite de domingo. Em nota, a empresa não informou quais os problemas observados, mas disse que a aeronave foi submetida a uma "manutenção não-programada em um dos motores".

O vôo 2114 partia com destino a Porto Alegre (RS) quando os passageiros perceberam que saía fumaça de uma das laterais da aeronave.

"Começou a sair muita fumaça e uma labareda rápida, mas com grande quantidade de fogo. No começo, vimos o fogo e não sabíamos de onde vinha. Foi assustador, ainda mais depois de tanta coisa que tem acontecido", disse a personal trainer Danusa Zanella, de 35 anos.

De acordo com ela, o comandante chegou a conversar com os passageiros sobre o incidente e cogitou que ele tivesse sido provocado por restos de combustível na turbina, que teria provocado superaquecimento.

Retirados do avião, os passageiros foram levados ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo) e reacomodados em outros vôos.

Brasília – O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou ontem a liminar pedida pela ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu para suspender a quebra de seu sigilo bancário, fiscal e telefônico determinada pela CPI do Apagão Aéreo do Senado. A quebra do sigilo está mantida até que o plenário do STF julgue o mérito da ação – o que ainda não tem data para acontecer.

Denise Abreu prestou depoimento à CPI no dia 21 de agosto. Foi convocada para esclarecer as acusações feitas pelo ex-presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, de que ela teria interferido na transferência dos terminais de carga dos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Viracopos, em Campinas, para o Aeroporto de Ribeirão Preto. A operação, segundo o brigadeiro, teria atendido interesses econômicos de uma empresa de propriedade de um amigo de Denise.

No mesmo dia, o brigadeiro também prestou depoimento à CPI. Na ocasião, ele retratou-se das acusações à colega. No entanto, após os depoimentos, Denise não foi poupada de ter seu sigiloso quebrado. Além das denúncias de favorecimento de amigos quando exercia o cargo, a ex-diretora da Anac também é acusada de ter enviado documentos falsos à Justiça Federal com objetivo de liberar para pouso e decolagem a pista de Congonhas.

Os advogados de Denise argumentaram que a decisão da CPI de quebrar o sigilo não foi tomada com base em fatos concretos. Em seu despacho, Celso de Mello discordou da alegação. O ministro lembrou que o STF tem permitido quebras de sigilo por CPIs nos mesmos parâmetros da determinada contra a ex-diretora da Anac.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, indicou ontem que o presidente da Anac, Mílton Zuanazzi, terá de abrir mão do cargo dentro da reformulação do órgão regulador que Jobim espera concluir esta semana.

O nome cotado para substituir Zuanazzi é o da economista So-lange Paiva Vieira, assessora especial do ministro. Porém, ele nega que a posse dela já tenha sido marcada.

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