Um surto persistente de poliomielite em Angola tornou-se motivo de preocupação internacional, e as autoridades angolanas precisam intensificar seus esforços para erradicá-lo, disse nesta sexta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A porta-voz da OMS para a erradicação da pólio, Sona Bari, disse que o surto do vírus, que começou em 2007, depois de Angola ter passado seis anos sem casos da doença, terá "consequências internacionais" se não for freado.
Já houve 24 casos de pólio em Angola este ano, somando-se aos 29 ocorridos em 2009 e outros 29 em 2008, disse ela. O vírus da pólio ataca o sistema nervoso e pode provocar paralisia irreversível.
"Trata-se do único surto em expansão em toda a África, que se está espalhando tanto dentro de Angola quanto para a República Democrática do Congo", disse Bari em entrevista telefônica. "É uma ameaça grave aos países vizinhos."
A República Democrática do Congo já teve 15 casos de pólio este ano, depois de apenas três em 2009.
A OMS, a Unicef, o Rotary Internacional e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA vêm trabalhando em conjunto desde 1988 para erradicar a doença, mas sua meta inicial de erradicação total até o ano 2000 mostrou ser excessivamente otimista.
Quatro países -- Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão -- continuam a ser lugares onde a poliomielite é endêmica, já que ainda não conseguiram frear a doença. Outros, como Angola, a estancaram apenas temporariamente.
Além de persistir em países endêmicos, o vírus pode ser importado de outras áreas endêmicas, provocando novos surtos como o de Angola e outro maior no Tadjiquistão, que, segundo a OMS, já teve 458 casos de pólio este ano.
A OMS diz que a incapacidade de Angola de sustar seu surto prolongado se deve principalmente a campanhas de vacinação mal conduzidas.
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