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Em depoimento ao Tribunal de Justiça de Goiás, o ex-vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha disse que foi coagido a confessar a culpa pelos 39 crimes pelos quais responde.

Rocha, que está preso desde outubro de 2014, confessou 39 assassinatos, entre eles os de moradores de rua e de 15 mulheres - entre 13 e 29 anos - e um homem - Adailton dos Santos Farias. Os crimes cometidos por um motoqueiro com rosto coberto causaram pânico na capital goiana e se tornou até assunto político durante a campanha eleitoral, na qual foi reeleito o governador Marconi Perillo (PSDB).

Em depoimento ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara, durante audiência do processo pela morte de Farias, o suspeito negou ter matado Adailton.

Rocha disse que não se lembrava de ter cometido os crimes, mas que fora forçado a confessar a autoria de todos por “homens da delegacia”. Exames do IC (Instituto de Criminalística) de Goiás feitos em outubro de 2014 provaram que ao menos oito dos homicídios que o ex-vigilante confessou foram praticados com a arma apreendida com ele.

Apesar da declaração, em outro momento Rocha afirmou que matou pessoas por influências de vozes, que não sabia dizer de onde vinham, e que saía de casa movido pelo sentimento de raiva. “Lembro-me apenas do barulho de um tiro”, disse à Justiça.

Em fevereiro deste ano, laudo judicial apontou que Rocha é psicopata, porém plenamente capaz de responder pelos seus atos.

Três testemunhas foram ouvidas pela Justiça nesta segunda (27). Marinalva Miranda Andrade, que presenciou a morte de Adailton Farias, disse ter reconhecido o ex-vigilante por meio de imagens de televisão e pela voz. “Nunca me esqueceria da voz dele”, afirmou.

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