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Começou ontem à tarde, perto das 13 horas, o julgamento de Cleverson Petreceli Schmitt, acusado pela morte do escritor Wilson Bueno em 2010. Até por volta das 20h30, cinco testemunhas, entre acusação e defesa, foram ouvidas no Tribunal do Júri, em Curitiba. A previsão era de que a sessão terminasse ainda ontem. Schmitt aguardava a decisão preso.

As duas primeiras pessoas a prestarem depoimento foram os primeiros policiais que estiveram na cena do crime. Bueno foi encontrado morto em casa, no bairro Tingui, com sinais de ferimento por faca no pescoço.

Segundo os policiais, Schmitt confessou que havia cometido o assassinato depois de serem constatadas provas contra ele – havia feito ligações do celular de Bueno pedindo um táxi e estava com o talão de cheques do escritor.

O depoimento mais longo foi do irmão adotivo de Wilson Bueno, João Fontana, que declarou que a condenação de Schmitt representará o fim de um processo que se arrasta por quatro anos.

Defesa

Um dos advogados que defendem Schmitt, Maurício Zampieri de Freitas, disse que acredita na total absolvição de seu cliente. Ele alega que o acusado nunca esteve na casa da vítima.

Schmitt foi preso em junho de 2010 no município de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. Conforme o delegado que investigou o caso na época, o motivo para o assassinato foi o cancelamento de um cheque de R$ 130 entregue pelo escritor à Schmitt, que era garoto de programa e tinha, então, 19 anos. De acordo com a investigação, o réu ficou irritado por não conseguir sacar o dinheiro e foi tirar satisfações com o escritor.

Faixas com frases retiradas dos 13 livros escritos por Bueno foram fixadas ontem do lado de fora da 1.ª Vara do Júri, no Centro Cívico, onde acontecia a sessão de julgamento de Schmitt. As obras do escritor foram publicadas no Brasil, México e Argentina. Bueno foi responsável também pela criação do jornal cultural Nicolau, além de ter sido colunista de diversos veículos de comunicação do Paraná.

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