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Está em Cascavel, no Oeste do Paraná, o segundo suspeito de participar da maior chacina da história do Paraná, ocorrida em setembro na cidade de Guaíra. Ademar Fernando Luiz, de 27 anos, que foi preso na manhã de terça-feira (21), em Mato Grosso, chegou às 21h30 em Cascavel, de acordo com o telejornal RPC Notícias, da RPCTV.

O preso chegou escoltado por policiais em um avião comercial, entre passageiros comuns, segundo o telejornal. Do aeroporto, ele foi transferido diretamente para a delegacia do Núcleo de Repreensão a Crimes Econômicos (Nurce). Nesta quarta-feira (12), ele deve ficar frente a frente com o primeiro preso acusado de participar do crime, o pescador Jair Correia, apontado pela polícia como o mandante da chacina.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informa que só dará mais informações sobre a prisão deste segundo suspeito na tarde desta quarta. Nenhum policial do Nurce quis falar sobre o caso nesta manhã.

Prisão

O investigador José Edson Neres afirmou na terça-feira que a prisão foi efetuada graças a denúncias anônimas. Ademar estava trabalhando como pedreiro na cidade de Lucas do Rio Verde, a cerca de 300 quilômetros de Cuiabá e mais de 1500 quilômetros de Guaíra. Após ser apresentado à imprensa do MT, ele foi levado ao aeroporto de Várzea Grande, onde embarcou em um avião para Cascavel.

A prisão foi realizada pelo Departamento de Narcóticos (Denarc) de Cascavel, do Paraná, com a participação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Mato Grosso.

Dívida de drogas

A chacina de Guaíra completa um mês nesta quarta-feira. O crime teria sido motivado por uma dívida de drogas e o assassinato de um enteado de Correia. A "quadrilha do Polaco", cujos membros são a maioria dos assassinados na chacina, teria matado o enteado que transportava drogas em um barco do Rio Paraná. O valor das drogas chegaria a até R$ 3 mil.

A Sesp acredita que a brutalidade do crime tenha se acentuado em razão do elevado estado de embriaguez dos autores do crime, que teriam bebido alta quantidade de cachaça com laranja. Além dos dois presos, o filho de Jair, Gleisson Correia, é procurado pela polícia, suspeito de participar do crime.

O governo do Paraná mobilizou mais de 200 policiais na operação de captura dos três acusados. No dia 15, a polícia algemou Jair Correia na cidade de Rosana, extremo oeste de São Paulo, na divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraná. Para se esconder, o suspeito sobreviveu por 21 dias na mata. Para a imprensa, Correia negou envolvimento no crime.

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