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Os dois suspeitos de participação na chacina de Piraquara, na última sexta-feira (22), que já tinham sido identificados pela polícia, foram localizados na tarde desta segunda-feira (25). Segundo o superintendente da delegacia de Piraquara, Marco Aurélio Furtado, eles prestaram depoimento na delegacia por volta das 16h30 e depois foram liberados.

A polícia não quis informar quem são os suspeitos que foram ouvidos para não prejudicar as investigações. Os investigadores confirmaram apenas que ambos são moradores de Pinhais, também na região metropolitana, e conheciam as vítimas. Um deles seria mecânico e o outro servidor municipal. Eles negaram participação na chacina. Oito pessoas teriam sido ouvidas.

Enterro

Os corpos dos ambientalistas Jorge e Antônio Grando foram enterrados na manhã desta segunda-feira (25) no Cemitério Bom Jesus dos Passos, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Os dois são vítimas da chacina ocorrida no município na sexta-feira (22) que deixou outras três pessoas mortas.

Valdir Vicente Lopes foi velado até a manhã de domingo (24) e será cremado assim que sair a autorização judicial. Gilmar Reinert foi sepultado no domingo no cemitério Santa Cândida, com a presença de mais de 50 integrantes do Motoclube Bodes do Asfalto, do qual participava. Já Albino Silva, que tem familiares no Rio Grande do Sul, seria enterrado nesta segunda-feira em São Leopoldo.

No enterro dos irmãos Grando, diversos membros de ONGs e da Funai compareceram para prestar homenagens. Cerca de 20 índios da aldeia Araçaí também homenagearam os ambientalistas com uma dança típica. Os dois foram velados durante na Câmara Municipal de Pinhais, neste domingo.

A chacina ocorreu no fim da noite da última sexta-feira na chácara do ambientalista Jorge Roberto Carvalho Grando, de 53 anos, ex-secretário de Meio Ambiente de Pinhais – cidade vizinha a Piraquara – e de seu irmão, Antônio Luis Carvalho Grando, de 46 anos. Os dois foram assassinados com tiros na cabeça. O local, um condomínio de chácaras, era dividido entre pelo menos 22 proprietários, que tinham o sonho de viver em um local ambientalmente correto.

Também foram mortos o funcionário da Sanepar Albino Silva, de 39 anos, o empresário Gilmar Reinert, de 50 anos, e o agente penitenciário Valdir Vicente Lopes, de 49 anos. Os dois últimos negociavam a compra de lotes para viver no local.

Investigações

Furtado disse que a polícia ainda não descartou as hipóteses de latrocínio (roubo seguido de morte), vingança, e outras duas que ele prefere manter em sigilo para não atrapalhar as investigações. Nenhum objeto parece ter sido levado, mas, como a casa estava totalmente revirada, a polícia acredita que os criminosos estavam em busca de dinheiro. A suspeita é de que os irmãos Grando guardavam na chácara o que era arrecadado com a venda dos loteamentos (a área pertencia a eles há pelo menos duas décadas).

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