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Brasília – A decepção tomou conta ontem do cortador de cana João Raimundo Oliveira Batista, de 27 anos. Ele viajou milhares de quilômetros para fugir da seca e trabalhar na colheita de cana-de-açúcar no interior de São Paulo.

Mas é justamente o clima quente e seco do inverno paulista que ameaça afastá-lo do seu objetivo, que é conseguir dinheiro para dar uma vida melhor aos três filhos e à mulher que ficaram em Barreiras, no interior da Bahia.

Assim como João Raimundo, outros 2 mil trabalhadores oriundos de Minas Gerais, Bahia e outros estados do Nordeste deixaram de colher cana ontem em Monte Aprazível, a 475 quilômetros de São Paulo.

"Eles ameaçaram atear fogo nas plantações, foram impedidos pelos agricultores e iniciaram uma greve", contou Celso Blanco, um dos fornecedores de cana da Associação dos Plantadores de Monte Aprazível (Canaplam).

Blanco tem 42 hectares de cana para ser colhidos a partir de 1.º de agosto, mas com a suspensão da queimada pelo governo de São Paulo, o prazo pode esticar.

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