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A polícia chegou na sede da Abrapec em Ponta Grossa no momento em que um assustado grupo de 50 pessoas, entre doentes e familiares, se preparava para seguir de ônibus à cidade de Tibagi, onde participaria de um encontro com crianças promovido pelo programa de alfabetização da ONG. Na sede foram apreendidos documentos e até o dinheiro do bolso de funcionários. Quem procurou a associação à tarde encontrou um cadeado no portão.

Uma assistente social, que não quis ser identificada, disse que o desvio de recursos já havia sido denunciado. Segundo ela, depois de cadastrar principalmente crianças, usando a doação de cesta básica como chamariz, começavam os telefonemas incluindo os pacientes nos pedidos. A associação conseguiu a declaração de utilidade pública e não pagava impostos.

A dona de casa Cleusi Juliana Santos não tem queixas do atendimento, entretanto. A Abrapec ajudou quando a filha dela, Geisiane, de 3 anos, teve um tumor na cabeça. Em dezembro completa um ano que Geisiane fez a cirurgia, depois precisou fazer radioterapia e quimioterapia e agora participa de um programa de acompanhamento no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Cleusi também recebe apoio da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

A aposentada Nilva Rott contribui com R$ 5 para a Abrapec todos os meses, há dois anos. Um motoboy busca a contribuição. Ela reconhece que não procurou saber que atividades a associação realmente realizava e confessa que nem imaginava que o dinheiro não ia para atender os doentes.

Já em Foz do Iguaçu foram apreendidos R$ 16 mil, além de documentos e computadores na sede da Abrapec, situada na Avenida Juscelino Kubitschek, no Centro da cidade. O gerente da associação foi preso. Quatro agentes de Curitiba e oito de Foz fizeram buscas no local.

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