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Passar pela tumultuada Ponte da Amizade, na fronteira do Brasil e Paraguai, para chegar ao comércio de importados e comprar sutiã virou mania entre as mulheres – brasileiras, argentinas, uruguaias ou chilenas, de diversas idades.

O sutiã vem fazendo sucesso entre as turistas e sacoleiras por ter alguns diferenciais: é de silicone, não tem alças e realça os seios. Algumas mulheres até dizem que aumenta o número do manequim sem a necessidade de cirurgias, argumento bastante explorado pela propaganda do produto.

O sutiã é facilmente encontrado em meio às quinquilharias e produtos de alta tecnologia comercializados em Ciudad del Este, fronteira com Foz do Iguaçu. Apesar do apelido de "sutiã invisível", o produto é facilmente localizado pelos olhos ágeis das compradoras em farmácias, lojas de bazar e bancas de camelôs.

A balconista Maria Alegres, 19 anos, conta que chega a vender 12 peças por dia. "A pessoa fica mais bonita", garante ela. Segundo Maria, mulheres adultas e pré-adolescentes procuram o sutiã de silicone, apropriado para ser usado com vestidos sem alça, frente-única, tomara que caia e tops.

Os lojistas dizem que a maioria dos consumidores está comprando o sutiã para revender às mulheres brasileiras. Os sacoleiros são encarregados de receber a encomenda e atender a clientela de várias cidades.

A vendedora Rose Acosta, 22 anos, trabalha em uma loja que comercializa o produto por atacado. Ela vende 20 caixas por dia. "Agora há muita concorrência", reclama.

Apesar de estar havendo uma febre de consumo, as próprias balconistas paraguaias alertam: cuidado para não trocar "gato por lebre". As marcas já estão sendo falsificadas.

No Paraguai o produto pode ser encontrado por US$ 6 a US$ 8 (R$ 16 a R$ 21). Algumas versões já estão sendo vendidas por U$ 3 (R$ 8) devido à concorrência. Quando chegou às lojas de Ciudad del Este a peça custava US$ 10. No comércio brasileiro, o preço vai de R$ 70 a R$ 100, tanto nas lojas quanto via internet. As brasileiras que pedem encomendas aos sacoleiros (que nem sempre fazem o comércio legal) pagam entre R$ 45 a 60.

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