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São Paulo – Condenada a 39 anos e 6 meses de reclusão pelo assassinato dos pais, Suzane von Richthofen, 22 anos, deve fabricar prendedores de roupa, manualmente, durante sua permanência no Centro de Ressocialização de Rio Claro (175 km de SP).

O serviço, de segunda a sexta-feira, por oito horas diárias, lhe renderá salário de R$ 50 mensais e reduzirá em um dia sua pena a cada três trabalhados, em acordo à legislação brasileira.

Os últimos acertos para o trabalho devem ser feitos nesta semana pela direção da unidade.

Levando em consideração que ela trabalhará somente nos dias de semana, serão descontados 90 dias de sua pena a cada ano trabalhado. Para diminuir um ano da pena, a condenada por duplo assassinato terá de prestar serviços por quatro anos.

De acordo com funcionárias da prisão, o trabalho com prendedores de roupa é a opção às detentas quando se acabam as vagas nas outras oficinas oferecidas, como corte e costura, enfermaria, cosméticos, tricô e crochê, além de serviços internos.

Ambulatório

Empresas interessadas na mão- de-obra das detentas fecham contrato com a unidade prisional e apontam a quantidade de presas necessárias para executar determinada tarefa.

Anteriormente, Suzane já havia trabalhado no ambulatório da mesma prisão, agendando consultas. Também atuou com artesanato.

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) não esclareceu o trabalho a ser feito por Suzane. Segundo a assessoria, o órgão não pode fazer pronunciamentos sobre cada preso, individualmente.

A pasta também não informou se a Penitenciária 2 de Tremembé (138 km de SP), onde estão recolhidos os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, oferece algum tipo de trabalho ou estudo aos detentos.

Choro

O promotor Nadir de Campos Júnior, que atuou na acusação, disse que ficou surpreso com o fato de Suzane ter conseguido um emprego "tão rápido’’ no sistema carcerário.

Ele voltou a afirmar que ela "não chorou em momento nenhum no júri, nem depois de ouvir a sentença’’: "Nós sentimos, em algum momento, um cheiro de ‘Vick Vaporub’." Mas aí já é outra coisa, uma estratégia de defesa. Mauro Nacif, advogado de Suzane, não foi encontrado ontem.

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