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As doenças cardiovasculares são a principal causa de óbito em todo o mundo. Estima-se que, por ano, um entre 8 homens e uma entre 17 mulheres morram devido a doenças cardiovasculares antes de completar 65 anos. E é muito fácil para alguém descobrir se corre risco de ter doenças do coração: basta medir a barriga.

Para os países da América Latina, os médicos considera aceitáveis 80 centímetros de circunferência abdominal para as mulheres e 90 para os homens. Acima disso, a pessoa está no grupo de risco para desenvolver doenças do coração e diabete. A circunferência do pescoço também pode servir de alerta. Se a medida for acima de 43 centímetros, a pessoa fica mais suscetível a sofrer uma apnéia (falta de ar) durante o sono.

Com o objetivo de alertar a população sobre os fatores de risco que levam às doenças cardiovasculares, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, em conjunto com o Grupo Sanofi-Aventis, promovem hoje, em 10 cidades brasileiras, uma campanha de orientação sobre o tema.

Duas cidades paranaenses estão incluídas nas atividades: Curitiba e Londrina. Na capital, a ação será realizada na Boca Maldita, das 10 às 16 horas e, em Londrina, no Calçadão Central. Os estandes contarão com a presença de médicos que entregarão folhetos e darão dicas sobre como prevenir o problema.

Segundo o coordenador das atividades na capital, o cardiologista Dalton Précoma, da PUCPR, a campanha visa a orientar a população sobre a relação entre a obesidade abdominal e o risco cardiovascular. "Queremos explicar que uma atitude simples, que pode ser feita em casa por qualquer um, que é medir a circunferência abdominal pode ajudar na prevenção de complicações cardiovasculares", afirma.

Segundo Álvaro Avezum, diretor da Divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, de São Paulo, a iniciativa da campanha foi motivada com base nos resultados de um levantamento chamado Shape of The Nations (Silhueta das Nações), que constatou que apenas uma pequena parte da população (21%) reconhece a medida da circunferência abdominal como fator de risco para doenças cardiovasculares.

A pesquisa também constatou que uma grande parcela dos profissionais de saúde não dá a devida importância para o problema. Apenas 58% dos médicos reconhece a obesidade abdominal como fator de risco, e 45% admitiram nunca ter medido a circunferência da cintura de seus pacientes. Nesse sentido, além de alertar a população, a campanha visa também a chamar a atenção da classe médica para que incorporem a medida da circunferência abdominal na avaliação clínica de rotina. O estudo, realizado no mês de julho, avaliou 16.476 pessoas em 27 países, incluindo o Brasil.

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