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Um conjunto de procedimentos desenvolvidos pelo Hospital do Coração de São Paulo (HCor) pode reduzir em 18% o número de mortes por infarto. Baseadas no esquema de segurança das companhias aéreas, as ações garantem que as equipes médicas sigam os protocolos essenciais no tratamento de pacientes com ataque cardíaco.

O trabalho começou com uma pesquisa em 34 hospitais selecionados de modo a permitir uma mostra representativa da realidade do sistema. O diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa HCor, Otávio Berwanger, explica que o estudo constatou que muitos procedimentos fundamentais eram deixados de lado no atendimento aos pacientes infartados.

Segundo ele, a falta de aplicação de todos os protocolos ocorre em todo o mundo e não está ligada a desconhecimento ou negligência dos profissionais. Para Berwanger, em uma emergência de hospital, o comportamento dos médicos e enfermeiras acaba seguindo um padrão semelhante ao dos passageiros de um avião. "Nós pedimos para uma enfermeira atuar como uma gerente de caso, a exemplo da aeromoça que checa se você desligou o celular e colocou a cadeira na posição vertical", diz o pesquisador.

Além disso, foram estabelecidas marcações no prontuário e colocada uma pulseira no paciente para indicar a possibilidade de ataque cardíaco e a gravidade dos casos, garantindo atendimento prioritário. O diretor do HCor ressalta que o atendimento correto nas primeiras 24 horas é fundamental para evitar complicações.

De acordo com Berwanger, a cada 10% de aumento na adesão às diretrizes, há uma redução de 10% na mortalidade dos pacientes.

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