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Curitiba

Mais da metade da população analfabeta de Curitiba está concentrada em sete bairros. Dos cerca de 30 mil curitibanos que não sabem ler ou escrever, mais de 15 mil moram na Cidade Industrial, Sítio Cercado, Cajuru, Tatuquara, Uberaba, Pinheirinho e Boqueirão. Em quatro Núcleos Regionais de Educação (NRE), a média de maiores de 15 anos não alfabetizados supera a municipal, que é de 2,1%. No NRE do Bairro Novo, 3,4% dos 109 mil habitantes são analfabetos, mesma taxa do núcleo da Cidade Industrial. No Pinheirinho, os analfabetos são 3,2% da população. No Cajuru, 2,6% dos quase 170 mil moradores não sabem ler e escrever. Os dados são da Secretaria Municipal de Educação, com base no Censo de 2010.

Ranking

O Brasil aparece em 8º lugar entre os países com maior número de analfabetos adultos. Ao todo, o estudo avaliou a situação de 150 países.

Entre 2000 e 2011, a taxa de analfabetismo mundial entre adultos caiu 1%. O número de adultos analfabetos em 2011 era 774 milhões e a projeção é que até 2015 esse número caia para 743 milhões. Os dados são do 11.º Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). As informações são da Agência Brasil.

Segundo o documento, dez países respondem por 72% da população mundial de analfabetos. A Índia lidera a lista, que inclui também Paquistão, Brasil, China e Etiópia. Dos 774 milhões de adultos que não sabem ler ou escrever, 64% são mulheres.

De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012 e divulgada em setembro de 2013, a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais no Brasil foi estimada em 8,7%, o que corresponde a 13,2 milhões de analfabetos no país.

Para cumprir o compromisso assumido no Acordo de Dacar (Senegal), o Brasil deve chegar a 2015 com taxa de analfabetismo de 6,7%.

Para a Unesco, o problema está relacionado com a má qualidade da educação e a falta de atrativos nas aulas e de treinamento adequado para os professores. No Brasil, menos de 10% dos professores estão fazendo cursos de formação custeados pelo governo federal, segundo dados do Ministério da Educação (MEC).

O compromisso Educação para Todos traz seis metas que integram o Acordo de Dacar, assinado em 2000. Até 2015, os países devem expandir cuidados na primeira infância e educação, universalizar o ensino primário, promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos, reduzir o analfabetismo em 50%, alcançar a paridade e igualdade de gênero e melhorar a qualidade da educação.

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