Curitiba e região metropolitana completam 150 dias em queda nos índices de violência. Em novembro, houve redução de 12,5% em relação ao ano passado nos crimes cometidos com arma de fogo, arma branca e por meio de agressões, conforme registros dos boletins do Instituto Médico-Legal. É o quinto mês consecutivo de queda. Em julho, o recuo foi de 25%; em setembro, 20%; em outubro, a menor taxa, de 9,7%. Desde o dia 1.º de novembro até às 20 horas de ontem, os boletins apontaram 152 mortes violentas, contra as 170 do ano passado. O perfil das vítimas tem sido homens (142), atingidos por arma de fogo (131), entre 18 a 30 anos (75).
No entanto, há uma prevalência, nos últimos três meses, de mortes por arma de fogo com mais de cinco tiros, em regiões vitais como tórax, crânio e nuca. Em mais de 400 homicídios registrados nos boletins de ocorrência da Polícia Militar, 145 foram com mais de dois tiros. Desses, 81 (55,8%) por disparos na cabeça e na nuca. Segundo o chefe do Departamento de Sobrevivência Policial da Academia da Polícia Militar do Guatupê, coronel Iranil dos Santos, casos como esses são indícios de crimes de execução. "A crueldade pode ser observada independentemente do poder bélico."
Casos
Marcelo Przedzemirski das Almas, 20 anos, foi morto com 11 tiros, no Alto Maracanã, em Colombo, dia 23 de novembro. Nove dias antes, Jonathan Oliveira, de 18 anos, foi encontrado em uma rua da Vila Torres, no Prado Velho, em Curitiba, com marcas de agressão na cabeça (orelhas retiradas e olhos furados), além de um tiro na cabeça.
Para a delegada Vanessa Alice, responsável pela Delegacia de Homicídios, casos assim são mostras da execução sumária. "É para matar mesmo e evitar a delação". Hoje, temos gangues disputando pontos de tráfico e cobranças de dívida de drogas, lembra ela. Dessa forma, as ações têm sido intensificadas. Para a delegada, é importante combater as causas da violência.
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