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A Secretaria Municipal dos Transportes (SMT) planeja uma grande reformulação nas políticas para os táxis em São Paulo, até mesmo com redução de tarifa em alguns períodos. Reportagem do Estado na quinta-feira informou que havia planos para baixar o valor nos horários de pico a fim de estimular o uso do meio. Mas não será a única medida. Já para o próximo mês, será adotada tarifa reduzida nas noites de sexta-feira e sábado.

"A prioridade para este ano é fazer alguma coisa sexta e sábado, até porque estamos chegando no final do ano com muitas festas onde o consumo de álcool vai lá pra cima. E, lamentavelmente, muitas pessoas continuam bebendo e dirigindo", afirma o secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes. A pasta contratou uma pesquisa do Ibope com a população e taxistas para verificar a reação em relação a mudanças no setor.

A secretaria afirma que as mudanças têm o objetivo de reduzir a ociosidade dos táxis na cidade e oferecer condições para o cumprimento da Lei 11.705, a lei seca. Os números da pesquisa Ibope apontam que metade das pessoas que saem à noite consomem bebidas alcoólicas.A situação é agravada porque 62% afirmam que costumam ir a bares dirigindo.

Para o presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra, a redução da tarifa à noite pode até aumentar o uso dos táxis, mas vai prejudicar a categoria. "Ela (Bandeira 2) foi criada para incentivar os taxistas a trabalhar à noite, quando há mais riscos", diz. Para o taxista Gildo Dionísio, há 38 anos no ramo, a redução da tarifa à noite não é uma boa saída. "Os custos continuarão os mesmos. Vamos tomar prejuízo."

Mudanças

Depois de mexer nas regras dos caminhões e dos ônibus fretados, a Secretaria Municipal dos Transportes (SMT) agora mira nos táxis, na tentativa de dar mais fluidez ao trânsito e aproveitar melhor um meio de transporte considerado "ocioso". Além de promover mudanças na tarifa nas noites de sexta-feira e sábado, há propostas para reduzir o valor nos horários de pico e para algumas alterações operacionais, como criar pontos de táxi móveis, para dar mobilidade aos motoristas.

O secretário Alexandre de Moraes vem realizando há cerca de 15 dias uma série de encontros com os sindicatos da categoria e coordenadores de pontos para discutir as mudanças. "Temos uma frota de 32 mil carros (táxis) que está subutilizada. Então, temos de pensar alguma coisa e estamos pensando. Mas queremos também sugestões de quem está na praça para depois fazer alterações", afirmou o secretário. Moraes diz que, em média, os taxistas fazem atualmente cinco viagens por dia e as mudanças podem dobrar essa quantidade.

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