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A rápida ação de dois taxistas evitou que um criminoso levasse um bebê junto com um carro no bairro Xaxim, em Curitiba, na manhã de ontem. Por volta das 9 horas, a promotora de vendas Sandra da Silva Fernandes, 28 anos, mãe de Artur, de 3 meses, estacionou em frente à sua casa e desceu para pegar um objeto, deixando a chave na ignição do veículo, um Chevrolet Zafira. Foi tempo suficiente para que um homem levasse o carro e a criança. Ao perceber o roubo, a mãe se desesperou e pediu ajuda a um taxista na esquina de sua casa. Enquanto os dois perseguiam o ladrão, o motorista avisou, via rádio, os companheiros da Associação Rádio Táxi Curitiba. Cerca de 20 minutos depois, após a abordagem de outro taxista, a criança foi recuperada.

O segundo taxista ouviu o alerta e em pouco tempo encontrou o ladrão. Ele disse que a intenção era atropelar o criminoso. "Ele estava fora do carro, não sei se para deixar a criança. Eu pretendia atropelá-lo, mas ele me viu e mostrou a arma", contou. Em seguida, o condutor, que preferiu se identificar pelo apelido de "Zóio", desceu uma rua com a intenção de voltar por uma esquina que tinha árvores que poderiam esconder seu veículo. Mas, quando retornou, a criança havia sido deixada na calçada. Um pedestre ainda tentou pegar o bebê, mas o taxista contou a história e levou a criança para a mãe. "Eu coloquei ela no carro, deixando na cadeirinha, e levei ao encontro da mãe. Eu não cheguei a vê-la, mas imagino seu desespero, pois também tenho filhos."

De acordo com o pedreiro Lazaro Luis Pereira, 81 anos, a ação do criminoso foi muito rápida. No momento do roubo, Pereira, que trabalha em uma construção atrás da casa de Sandra, enchia uma caçamba de entulhos e não percebeu o avanço do ladrão – segundo ele um homem alto, com idade entre 20 e 30 anos. "Eu vi o homem na esquina, falando no orelhão. Também observei ela parar o carro e entrar na casa", relatou. "Mas, como estava trabalhando, quando me dei conta o veículo já estava saindo, e ela saiu gritando de casa."

"Ela (Sandra) veio correndo e disse que tinham acabado de levar o filho dela e que era para seguir o carro. Eu deixei a outra corrida", disse o taxista que prestou o primeiro auxílio. "Foi um desespero, uma sensação de perda, é pior que se tivesse morrido", afirmou Sandra. Ela disse que não acreditou quando ouviu a mensagem pelo rádio do táxi dizendo que o bebê estava em segurança. "Somente quando toquei nele comecei a me acalmar." O carrou roubado não foi encontrado.

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