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Protesto por melhorias para a profissão reuniu cerca de 90 motoristas de táxi em frente à prefeitura de Curitiba | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Protesto por melhorias para a profissão reuniu cerca de 90 motoristas de táxi em frente à prefeitura de Curitiba| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Cerca de 90 taxistas fizeram ontem, no fim da tarde, um protesto em frente à prefeitura de Curitiba para reivindicar algumas melhorias e mudanças no trabalho da categoria. Entre as principais estão a construção de banheiros exclusivos para os taxistas, controle das concessões, isenção de multa para parar em área de EstaR e proibição para a divisão do carro por mais de dois motoristas. Eles foram recebidos pelo secretário de governo Rui Hara, mas como não entregaram uma declaração formal, devem marcar outro encontro com a Urbs.

O diretor de transporte comercial da Urbs, José Carlos Pereira Filho, diz que está aberto a conversas e aguarda a formalização das solicitações. Os profissionais se reuniram no meio da tarde na Praça do Atlético para discutir os pontos principais. Os carros saíram do local em direção à prefeitura acompanhados pelo Batalhão da Polícia de Trânsito (Bptran). Subiram pela Rua Brigadeiro Franco até a Martim Afonso, depois seguiram até a Cândido de Abreu. Nessas regiões, os policias abriram o trânsito para dar espaço para os táxis, mas a movimentação foi tranquila.

De acordo com o organizador do movimento, Antônio Mendes, os taxistas sofrem com a falta de banheiros durante o trabalho, pois nem sempre os comerciantes os deixam usar o banheiro de suas lojas. Eles também querem que a Urbs amenize as infrações para os taxistas e principalmente que apenas quem dirige os táxis tenha direito à concessão. "Hoje elas estão nas mãos de médicos, advogados, políticos e outros profissionais que não o próprio motorista. Lucram às custas do nosso trabalho", afirma.

A maioria dos taxistas da cidade, que não é proprietária de táxis, trabalha em regime de 24 horas seguidas e folga outras 24. Além disso, muitos pagam uma diária entre R$ 100 e R$ 130 para os proprietários da concessão ou dão metade do que ganham por dia. "Isso é uma exploração. Enquanto nós estamos na rua, correndo até risco de assalto, os donos estão em casa ganhando nas nossas costas", diz o taxista Rodinei Prado de Oliveira, que está na profissão há dez anos. Os taxistas de Curitiba também pediram que cada cidade da região metropolitana tenha sua cor própria de táxi.

O Sindicato dos Taxistas de Curitiba não apoiou o protesto. De acordo com o presidente Pedro Chalus, foi disponibilizado o departamento jurídico para dar apoio às necessidades dos trabalhadores, mas os taxistas não o procuraram e fizeram o protesto sozinhos. "Não é essa nossa maneira de agir. Tudo que fazemos é formalmente, sem protestos", explica.

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