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Movimentação cresceu 133% em dois anos

O grande salto na movimentação de mercadorias no TCP ocorreu nos últimos 30 dias, quando foi registrada uma média de 70 movimentações por hora (mph) para o carregamento de navios no TCP. Em 2010, a média era de 30 mph. Na prática, isso significa que um navio que exige 900 mph para ser carregado levava 30 horas para tanto e hoje leva 12 horas. "É menos da metade do tempo, um padrão que nos coloca como o segundo terminal mais eficiente do país e perto do praticado pelos melhores globais, com médias de movimentação entre 80 e 100 mph", frisa o CEO do TCP, Luiz Antônio Alves. As mudanças começaram a ser implantadas depois que o fundo de investimento Advent International comprou 50% do TCP, em janeiro de 2011. O número de funcionários passou para 400, com 70 contratações.

Caminhões

Ainda no último sábado, o TCP implantou um novo sistema de agendamento de caminhões. "No terminal nós trabalhamos com três públicos: os navios, os caminhões e as pessoas. No primeiro caso não há mais espera. O novo sistema vem para agilizar a vida do nosso segundo público".

Em relação aos despachantes e motoboys que frequentam pessoalmente o TCP para a liberação das cargas e que reclamaram de uma espera de até 4 horas para a tarefa à Gazeta do Povo no mês passado, o CEO do terminal diz que novos investimentos também estão previstos. "Nossa prioridade eram os navios, já que eles representam a parte mais cara do custo, cerca de 6 mil dólares diários, mas os caminhões e as pessoas também são importantes. Até o fim do ano queremos implantar um sistema de pagamento eletrônico, via internet, que também deverá agilizar o atendimento pessoal". Alves afirma que a média do atendimento pessoal no terminal hoje é de 30 minutos.

Ainda no primeiro semestre, o Terminal de Contêineires de Paranaguá (TCP) tinha anunciado a ampliação do cais em 315 metros e a compra de novos equipamentos para aumentar a capacidade de movimentação em 25% – de 1,2 milhão TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano para 1,5 milhão TEUs/ano – até 2013. O objetivo não mudou, mas o montante a ser investido sim, passou de R$ 250 milhões para R$ 330 milhões. Isso ocorreu devido ao aumento na largura do novo cais – de 25 metros para 40 metros – e também à compra de mais equipamentos que o anteriormente previsto. "Essa mudança na largura do novo cais permitirá a utilização de guindastes de maior alcance, aumentando a capacidade de movimentação do terminal", explica o CEO do TCP, Luiz Antônio Alves.

A construção do novo cais de atracação começou ontem – cinco meses após a emissão da licença ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – e está inserida em um amplo projeto de expansão, que vem sendo executado desde o ano passado pelo terminal.

Em 2011, o TCP, que até então tinha capacidade de movimentação de 800 mil TEUs/ano, investiu R$ 51 milhões em novos equipamentos que entraram em operação em março de 2012, como dois portêineres (carregadores com guindastes) tipo Post Panamax (para navios com capacidade para cerca de 4,8 mil contêineres), seis transtêineres (carregadores volantes) e nove caminhões.

Até o fim de 2013 estão previstos mais R$ 140 milhões nas obras do cais e R$ 110 milhões na aquisição de equipamentos para o novo píer: quatro portêineres tipo Super Post Panamax (para navios com capacidade para 8,6 mil contêineres), seis transtêineres e 12 caminhões.

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