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A agonia tomou conta dos parentes dos dois trabalhadores soterrados na última terça-feira, quando 50 mil toneladas de pedras, terra e vegetação deslizaram de uma encosta na pedreira da empresa Max Brita, nas proximidades de Monte Cabrão, em Santos (SP). Após dois dias de planejamento devido aos riscos, o resgate teve início ontem.

O trabalho reúne técnicos de diversas áreas, entre Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Logo cedo, houve a implosão de uma pedra de cerca de 300 toneladas, apontada como o principal empecilho para o acesso ao local onde poderiam estar os dois operários. O objetivo era que a rocha fosse destruída em pequenos pedaços, sem causar danos às equipes de salvamento e aos dois operários. Três cães farejadores foram usados para a localização dos soterrados.

O trabalho foi acompanhado de perto pela família de Jucelino Mendonça de Souza, de 45 anos, que há 15 trabalhava na pedreira, e do motorista Walter San­­tana, que estava há apenas um mês na empresa. "Entreguei nas mãos do Senhor e que seja feita a vontade Dele", diz a mãe de Juscelino, Marinita de Deus.

Critério era a palavra de or­­dem do coordenador da Defesa Civil de Santos, Ernesto Tabuchi, ao destacar que era a primeira vez que o município enfrentava um acidente de tamanha gravidade. O major Wagner Silvério de Souza, do Corpo dos Bombeiros, disse que depois da implosão da rocha, a equipe de buscas tinha de se concentrar na remoção do entulho, trabalho que vai demorar algum tempo.

Acredita-se que os dois ho­­­mens estejam vivos, levando-se em conta a existência de um bolsão de ar, formando uma espécie de caverna que poderia protegê-los. Ontem foram completadas 60 horas de soterramento.

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