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À esquerda, o site do governo com o menu para buscar os telefones do projeto Povo, logo acima do banner vermelho "Combate à corrupção", segundo busca memória cache do site Yahoo!; na direita, a versão atual do site sem essa opção. Memória cache é uma espécie de fotografia guardada por sites com sistema de buscas para indexá-las | Reprodução
À esquerda, o site do governo com o menu para buscar os telefones do projeto Povo, logo acima do banner vermelho "Combate à corrupção", segundo busca memória cache do site Yahoo!; na direita, a versão atual do site sem essa opção. Memória cache é uma espécie de fotografia guardada por sites com sistema de buscas para indexá-las| Foto: Reprodução

A PM está fora da área. Ou desligada

Anderson Gonçalves Vidal, que vive da venda de peças de informática no bairro do Cristo Rei, em Curitiba, seguiu à risca as instruções dadas por um policial que o visitou. Em caso de emergência, deveria primeiro ligar para o celular do projeto Povo (Policiamento Ostensivo Volante). Quem atenderia o telefone seria um policial que circula pelo bairro, e o tempo de espera seria menor.

Leia a matéria completa, publicada no sábado pela Gazeta do Povo

Quem precisou nos últimos dias do telefone de alguma equipe do projeto Policiamento Ostensivo Volante (Povo) e tentou procurar no site da Secretaria da Segurança Pública (Sesp) acabou não encontrando a informação. No domingo, um dia após a denúncia publicada na Gazeta do Povo sobre o mau funcionamento dos celulares da Polícia Militar, os telefones já não estavam mais disponíveis. O governo admitiu que os mandou retirar.

A matéria mostrou que, dos 71 telefones celulares do projeto Povo de Curitiba, apenas oito (11% do total) atenderam da maneira prevista, no carro da PM. Em 33 casos, o telefone nem sequer foi atendido. Em outros 30, houve resposta, mas o celular estava dentro da sede das companhias de polícia, sendo usado como telefone fixo. As ligação foram feitas durante três dias, na semana passada, entre as 19 e 20 horas.

O projeto

O Povo foi criado para o cidadão poder ajudar a Polícia Militar a definir ações de segurança no seu bairro, repassando informações a policiais e aos conselhos comunitários de segurança (Consegs). Ele nasceu em 1993, no primeiro governo Roberto Requião, não sendo mantido nas duas gestões de Jaime Lerner (1995 a 2002). Com a volta de Requião ao governo, o projeto foi relançado.

Em tese, o projeto deve cobrir toda a cidade de Curitiba. Segundo a PM, cada um dos 75 bairros da capital é atendido 24 horas por um carro e duas motos usadas para esse tipo de serviço, com policiais usando rádios e celulares, podendo receber reforço nos horários de pico.

Segundo nota da assessoria de imprensa da PM, o Coronel Jorge Costa Filho tomou conhecimento das falhas por meio da reportagem da Gazeta do Povo. Embora afirme que 66 dos 71 telefones estão em funcionamento, o texto diz que o comando da capital pediu para os Batalhões um levantamento da situação dos aparelhos.

Mesmo sem os dados do levantamento, que devem ser divulgados hoje, a PM reiterou que os telefones estavam operantes e poderiam ser consultados pelo site da Sesp. Só que os telefones foram retirados do ar ainda no fim de semana.

Em um primeiro momento, a Sesp afirmou que houve um problema com a Companhia de Informática do Paraná (Celepar), órgão responsável pela manutenção dos sites do governo. O diretor da Tecnologia da Informação da Celepar, Claudio Dutra, no entanto, respondeu que os telefones foram retirados a pedido da secretaria intencionalmente.

A reportagem voltou a ouvir a Sesp, que admitiu ter retirado os telefones para uma atualização dos números. O governo afirmou ainda que a lista estará novamente disponível hoje.

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