O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), mostrou-se neste sábado cético a respeito da possibilidade de a proposta de reforma política que tramita na Casa, prevendo voto em lista fechada e financiamento público de campanha, ser votada na próxima semana. Segundo ele, os líderes dos partidos se reuniram e disseram que encaminhariam pedido de urgência para a votação do projeto. "Mas o pedido ainda não chegou às minhas mãos", disse.
Caso o pedido seja apresentado, precisa ser votado em plenário. O problema, citado pelo próprio Temer, é que existem várias medidas provisórias (MPs) trancando a pauta. O pedido teria de ser votado em sessão extraordinária, algo que só será decidido ao longo da próxima semana. Além disso, o presidente da Câmara destacou que vários partidos já começaram a fazer obstrução por não concordarem com a proposta de lista fechada.
"Reconheço que há muita polêmica em torno disso", disse Temer, ressaltando que há quem defenda o voto distrital puro, o voto distrital misto e até o voto majoritário para deputado federal. "Diria que neste momento não há definição, o que há é a reforma política em andamento. Se ela vai dar resultado, não saberia dizer", admitiu. "Semana que vem não será fácil.
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