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 | Gilberto Abelha/Jornal de  Londrina
| Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina

Em menos de uma hora, as fortes chuvas que caíram sobre Londrina nesta terça-feira provocaram alagamentos temporários de vias, destelharam um posto de saúde e deixaram um rastro de lama nas pistas e nas ruas, que também dominaram a “paisagem” no Lago Igapó.

Segundo o setor de meteorologia do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), em novembro já choveu 296 milímetros ante a média histórica de 160 milímetros no mês. Durante a enxurrada desta tarde foram 55 milímetros em uma hora – 25 milímetros nos primeiros 15 minutos.

Por toda a cidade foram registrados flagrantes da ação da água, da lama e do vento. Perto das 15h, em frente ao Parque Arthur Thomas, em plena Avenida 10 de Dezembro, a enxurrada fez sumir completamente o leito da pista. Um motorista abandonou o carro “engolido” pela água e um ônibus também acabou parando no caminho enquanto a água continuava a invadir outros veículos que tentavam sair da área.

Na zona oeste, parte do telhado da unidade de saúde do Jardim Leonor foi destelhada, interrompendo temporariamente o atendimento – mas sem grandes prejuízos. Também houve alagamentos de pistas na PR-445, onde a água entrou em um condomínio perto da UEL.

No Lago Igapó, a torrente de água chegou perto das pistas da Avenida Higienópolis, também sem maiores repercussões. Obras em toda a bacia – como a duplicação da Avenida Castelo Branco – verteram rios de lama para dentro do córrego.

Atenção para os próximos meses

O coordenador adjunto da Defesa Civil, Demerval Anderson do Carmo, disse que no começo da tempestade sentiu-se apreensivo com o que poderia ocorrer. “Felizmente tudo o que aconteceu foi localizado e até simples de resolver”, afirmou.

“A impermeabilidade em Londrina está em níveis extremos e os efeitos já são sentidos em todos os bairros e locais”, apontou. “O ponto positivo é que, finalizada a chuva, a maioria dos problemas cessa. Mas é cruel ficar à espera dos chamados telefônicos da população. Não dá para saber o que pode vir pela frente”.

Segundo Demerval, os agentes da Defesa Civil têm que ser movidos “a sangue frio”: “Quando o telefone toca, precisamos estar atentos para chegar rápido ao que é prioridade” – como árvores caídas sobre casas, residências em risco de ruir ou desaparecidos. “Nada disso ocorreu agora. Mas até dezembro a situação pode se repetir, inclusive em outras intensidades”.

Temperatura caiu

Após as chuvas, as temperaturas caíram um pouco em Londrina, chegando a perto de 19º C. A previsão do Instituto Tecnológico Simepar, de Curitiba, é de mais nuvens e chuvas no decorrer da semana.

Segundo a agrometeorologista Heverly Morais, do Iapar, o problema foi a concentração das chuvas. “Quanto mais distribuídas ao longo dos dias, melhor. Essa chuva concentrada acaba em erosão e ‘lavagem’ (carreamento) do solo”, afirmou.

Emergências podem ser comunicadas à Defesa Civil pelo telefone 199.

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