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A forte chuva que caiu durante a madrugada desta quinta-feira (15) deixou aproximadamente 136 mil domicílios sem energia elétrica e derrubou pelo menos 37 árvores em Curitiba e região metropolitana, de acordo com informações da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Além disso, três casas foram destelhadas e um ponto de alagamento foi verificado. Não houve registros de desabrigados, desalojados ou feridos na capital.

De acordo com o cabo Marcos Miranda, mais de 20 quedas de árvore foram registradas em Curitiba entre 22 horas de quarta (14) e 6 horas desta quinta-feira, a maioria entre o Bairro Alto e o Cajuru, mas o Corpo de Bombeiros ainda aguarda o término dos serviços de atendimento para divulgar números oficiais dos prejuízos. Na Vila Oficinas, subdivisão do Cajuru, onde algumas árvores atingiram residências, trabalham quatro equipes do Corpo de Bombeiros. Quedas de árvore foram verificadas, ainda, nos municípios de Colombo, Pinhais e Piraquara.

Aproximadamente 136 mil domicílios ficaram sem energia elétrica em Curitiba e região metropolitana, segundo a Copel, por conta de problemas ligados principalmente a descargas elétricas em equipamentos e rompimentos de fiação. A queda de energia começou às 22 horas de quarta-feira e, às 17h30, 6 mil residências permaneciam sem luz em Curitiba, Rio Branco do Sul e Colombo, principalmente no bairro de Guaraituba.

Semáforos de vários cruzamentos da cidade amanheceram desligados, entre eles os dos cruzamentos das ruas Nilo Cairo e Dr. Faivre e das ruas Presidente Faria e Alfredo Bufren, no Centro, e na esquina da Avenida Comendador Franco e da Rua Engenheiros Rebouças, no Rebouças.

Até as 18h, permaneciam apagados os semáforos nos cruzamentos da Rua Ubaldino do Amaral com a Avenida Senador Souza Naves, no bairro Alto da Rua XV; da Linha Verde com a Avenida Santa Bernadethe, na divisa entre os bairros Fanny e Lindóia; e em dois cruzamentos da Rua Júlio Perneta: com a Avenida Manoel Ribas e com a Rua Myltho Anselmo da Silva, no bairro Mercês. Agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran) orientavam os motoristas nesses pontos.

Na capital, foram atingidos os bairros Água Verde, Alto Boqueirão, Alto da Glória, Atuba, Bacacheri, Bigorrilho, Bom Retiro, Boqueirão, Cajuru, Campo Comprido, Capão da Imbuia, Capão Raso, Cascatinha, Guabirotuba, Guaíra, Hauer, Jardim das Américas, Jardim Social, Mercês, Mossunguê, Parolin, Pinheirinho, Prado Velho, Santa Cândida, Santa Felicidade, Santa Quitéria, São Francisco, Tarumã, Tingui, Uberaba e Xaxim. A Copel registrou desde o início do temporal 780 ocorrências de problemas na rede, dos quais 620 haviam sido solucionadas até as 17h30.

A situação mais crítica é verificada no Bacacheri, onde foram efetuados serviços relacionados a quedas de árvores, postes ou rompimentos de fiação elétrica, segundo a companhia, que confirmou que maior parte dos 90 domicílios sem luz na cidade se localiza na região do barirro. A Copel prevê que até o início da noite toda a situação será normalizada.

Ventos

Segundo Marcelo Brauer, meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar, o principal fator que contribuiu para os prejuízos foram as rajadas de vento que acompanharam a chuva, que chegaram a 50 km/h em algumas localidades, como o Bairro Alto.

Em toda a madrugada, a quantidade de chuva que caiu sobre a cidade de Curitiba chegou a 20,4 mm. "A chuva ficou mais concentrada entre 5 e 6 horas, período em que choveu 10,4 mm", conta Brauer. Com isso, o índice acumulado desde o dia 1º chega a 120 mm. A média para o mês de janeiro é de 165 mm de chuva, segundo o meteorologista. Nas regiões mais a leste da cidade e em municípios como Pinhais, chegou a cair granizo.

De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná, nas cidades do interior não foram relatados eventos que tenham causado prejuízos aos moradores por conta de chuvas.

Mais chuvas

As condições atmosféricas desta quinta-feira permanecem bastante favoráveis ao desenvolvimento de áreas de instabilidade, segundo o Simepar. Essas formações provêm das regiões Oeste e Noroeste paranaense e se deslocam no sentido leste no decorrer do dia, provocando pancadas de chuva, acompanhadas de descargas atmosféricas e vento ao longo de suas trajetórias. O risco de temporais aumenta entre a tarde e a noite em todo o Paraná.

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