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Brasília – Embora a burocracia tenha conseguido manter um ritmo de funcionamento da máquina, a tensão pré-reforma tomou conta da Esplanada dos Ministérios, com prejuízos para ações de setores importantes do governo.

O mais longo processo de debate de reforma ministerial dos últimos anos, que já dura 120 dias, tem deixado os ministros interinos à beira de um ataque de nervos, já que não sabem do futuro e, em muitos casos, não podem decidir sobre questões de suas pastas.

Em clima de total indefinição, alguns dos ministros resolveram partir para a reação e tentam mostrar serviço, turbinando suas pastas. Outros paralisaram suas ações, mesmo contando com orçamentos bilionários. As situações mais críticas ocorrem em pastas cujos titulares já sabem que vão deixar o governo: o da Saúde, Agenor Silva (responsável por um orçamento de R$ 66,3 bilhões); o do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel (orçamento R$ 3 bilhões); e o da Justiça, Márcio Thomaz Bastos (orçamento R$ 6,5 bilhões).

Outras áreas do ministério estão quase paradas porque os chefes dos setores não sabem do futuro. De todos os secretários, o único que deve permanecer é o delegado Luiz Fernando Corrêa, da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

No Ministério do Desenvolvimento Agrário, as vistorias em áreas que podem ser desapropriadas estão atrasadas. E não é por acaso: os superintendentes do Incra não sabem se vão continuar.

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