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São Paulo - Pesquisa realizada com 17.517 pacientes assintomáticos que vi­­vem com HIV revelou uma signifi­­cativa diminuição no risco de mor­­te quando a terapia antirretroviral começa mais cedo. Pessoas que iniciaram o tratamento quando o número de linfócitos T CD4 - células de defesa infectadas pelo HIV – por ml de sangue era superior a 35O e inferior a 500, tiveram uma diminuição de 70% no risco de morte quando comparados a indivíduos que só tomaram o re­­médio quando a contagem de linfócitos T CD4 se tornou inferior a 350.

Quem iniciou o tratamento quando o número de células era superior a 500 teve um benefício ainda maior: uma diminuição de 94% no risco de morte na compara­­ção com quem recebeu o remédio com CD4 inferior a 350. O in­­fec­­tologista Ronaldo Hallal, do Pro­­grama Nacional de DST/aids, con­­sidera prematuro adotar qualquer mudança com base apenas no es­­tu­­do publicado no The New En­­gland Journal of Medicine. No Brasil, a recomendação é iniciar a terapia quando o CD4 é inferior a 350.

O infectologista da USP, Ésper Kallás, concorda. Ele lembra que a maior parte das mortes em pessoas que optaram por terapia tardia foram causadas por doenças crônicas que não costumam ser associadas ao HIV. "Outros trabalhos devem comparar os benefícios da terapia precoce e os riscos de um tratamento antiretroviral prolongado."

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