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A terceira leva de médicos cubanos - a maior delas até agora - chega ao Brasil a partir desta segunda-feira (4), às 22h, para ser incorporada ao programa Mais Médicos, uma das vitrines eleitorais escolhidas pelo governo Dilma Rousseff para a disputa no ano que vem. Segundo o Ministério da Saúde, 3 mil profissionais desembarcarão em voos fretados pelo governo de Cuba nas próximas duas semanas. A maioria dos médicos, 1.872 pessoas, desembarcará em Brasília.

A pasta não informou quantos deles chegam apenas nesta segunda-feira, mas comunicou que, na quarta-feira (6), 192 médicos chegam a Belo Horizonte. Na quinta-feira (7), será a vez de Fortaleza, que receberá 236 profissionais.

Na reunião ministerial comandada pela presidente, no sábado, Dilma quis detalhes da chegada dos médicos estrangeiros, dos locais onde eles seriam colocados e se realmente a população estaria assistida. Fez estas três perguntas ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele foi o primeiro a ter que prestar contas na longa reunião. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que ela quer o cumprimento das metas definidas. Segundo participantes da reunião, Dilma deixou claro aos ministros que não admite erros nos programas, em especial no Mais Médicos, que tem sido o trunfo do governo na área da Saúde, mas, ao mesmo tempo, alvo de polêmica.

- A presidente perguntou especificamente sobre determinados programas. No caso dos Mais Médicos, quis saber dos médicos que estão chegando, se vão ser alocados onde a população precisa e se a população vai ser atendida. Foi nesta linha - disse Paulo Bernardo, ao final da reunião.

A primeira etapa do programa contou com 400 cubanos e a segunda, com 2 mil. Ao todo, portanto, o Mais Médicos será integrado por 5,4 mil médicos cubanos, a maior proporção dentre os estrangeiros que integram o principal projeto da presidente Dilma Rousseff na área de saúde.

Profissionais de outros países ou brasileiros formados no exterior - 447 médicos - equivalem a apenas 8,2% do total de cubanos no programa. Já os profissionais formados no Brasil e atuantes no Mais Médicos não chegam a mil.

Pelos cálculos do Ministério da Saúde, 6,6 mil doutores estarão em atividade no programa até o fim de 2013. Para março de 2014, o governo promete quase dobrar essa quantidade, por meio de novas seleções.

De segunda, 4, a domingo, 10, é esperado o primeiro grupo de 2,6 mil cubanos. Na semana seguinte, mais 400 profissionais aportam no Brasil, todos com atuação prevista já a partir de dezembro.

O primeiro grupo se distribuirá entre quatro capitais, para três semanas de treinamento. Eles vão para Brasília, São Paulo, Fortaleza e Belo Horizonte. Os outros 400 médicos farão o curso em Guarapari (ES).

A partir da sanção da lei do Mais Médicos pela presidente Dilma, os registros para o exercício profissional dos estrangeiros passaram a ser emitidos pelo Ministério da Saúde, e não mais pelos Conselhos Regionais de Medicina. Nas últimas duas semanas, mais de 2,5 mil médicos estrangeiros receberam o registro do ministério.

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