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Funcionários do raio-X prometem greve a partir de amanhã | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Funcionários do raio-X prometem greve a partir de amanhã| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Uma manifestação de funcionários terceirizados do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, causou tumulto nos embarques no terminal na manhã de ontem. Longas filas se formaram no aparelho de raio-X, no qual atuam os funcionários da empresa Aeropark. Eles protestaram pelo atraso dos pagamentos dos salários de abril e férias, e forçaram, nas primeiras horas da manhã, uma espécie de operação padrão. A espera chegava a uma hora, segundo relato de alguns passageiros que passaram pelo serviço.

A assessoria de imprensa da Infraero informou que um plano de contingenciamento foi acionado para minimizar os problemas. Funcionários de outras áreas da empresa foram deslocados para o aparelho de raio-X. Às 9h30, a si­­tuação já era considerada normal pela Infraero.

A Aeropark terceiriza cerca de 200 funcionários, responsáveis pelo raio-x, carregamento e terminal de cargas. Anacleto Vittorino, supervisor de logística da empresa, confirmou que, caso o pagamento não seja realizado até as 14 horas de hoje, os funcionários entrarão em greve a partir de amanhã. Em caso de paralisação, apenas 40% do quadro vai seguir com o trabalho no Afonso Pena. Além disso, uma assembleia da categoria será realizada às 8 horas de hoje para deliberar sobre reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

O setor jurídico da Aeropark afirmou que o atraso nos pagamentos ocorreu porque a Infraero não efetuou o repasse mensal previsto no contrato. Com o acordo de que o repasse seja efetuado hoje, os funcionários concordaram em adiar a greve e manter a normalidade da prestação de serviços.

A assessoria de imprensa da Regional Sul da Infraero confirmou a interrupção do repasse à Aeropark, mas alegou que isso ocorreu em razão de decisão judicial. A Infraero teria solicitado adequações nos serviços com as quais a Aeropark não concordou, acionando a Justiça. A decisão do Judiciário foi de que, se as solicitações não fossem atendidas, a Infraero deveria suspender o repasse. "A empresa tem de manter a operacionalidade e cumprir o acordado em contrato, o que não aconteceu", afirmou a assessoria.

As filas em razão da operação tartaruga dos terceirizados causou transtornos ainda na segunda-feira. Segundo a Infraero, porém, isso ocorreu também em função do retorno do Dia das Mães. Em segundas-feiras normais, o movimento costuma ser de 800 passageiros por hora. Nessa semana, o fluxo foi de 1,2 mil passageiros em razão da data festiva.

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