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Terminou por volta das 20h30 desta segunda-feira (23) a rebelião dos 114 presos do Centro de Detenção e Ressocialização(CDR) de Piraquara, região metropolitana de Curitiba. A situação só foi controlada depois que 20 presos, identificados como os cabeças do motim, foram transferidos para outra unidade do complexo. Os presos, que exigiam a transferência imediata de alguns detentos, fizeram desde o início da manhã duas pessoas reféns - um agente penitenciário e uma enfermeira. Após uma longa negociação, os dois foram liberados sem ferimentos.

A rebelião começou por volta das 11h45 horas em quatro galerias. Cerca de cem policiais da tropa de choque da Polícia Militar entraram no centro de detenção ainda pela manhã. De acordo com a Secretaria da Justiça e Cidadania (Seju), os detentos envolvidos no motim exigiram a transferência para seus estados de origem e garantiram a integridade física dos reféns, que confirmaram por meio de sinais estarem bem. Os rebelados estão armados com estoques (tipo de faca caseira).

Parentes dos presos bloquearam as ruas ao redor do presídio, em protesto contra a falta notícias sobre o tumulto. A falta de informações se estendeu também à imprensa, que até o final da rebelião esteve em frente ao portão principal do CDR, esperando por informações sobre a situação dentro do presídio.

O pedreiro Alcides Alves Soares, pai de um preso, esteve no local para entregar um documento. Ele reclama que as visitas estariam suspensas há três meses e que as correspondências não estariam sendo entregues. "A gente deixa carta e não entregam", desabafou. Seu filho foi preso por assalto.

O CDP de Piraquara tem 844 presos, na unidade com capacidade destinada a 960. Inaugurado em 19 de junho deste ano, o presídio é de segurança máxima, para presos de regime fechado e abrigando em sua maioria, detentos da extinta Prisão Provisória de Curitiba – Ahú, removidos em julho passado.

Em Londrina

No fim da tarde de domingo, os internos do educandário de Londrina, região Norte, iniciaram um motim. A tropa de choque esteve no local e conteve a rebelião. Ninguém ficou ferido. A direção do educandário não explicou os motivos do tumulto.

Umuarama

Após um princípio de rebelião e a destruição das portas de ferro de seis celas na noite de domingo (22), 54 detentos do minipresídio de Umuarama, no Noroeste do Paraná, começaram a ser transferidos nesta segunda-feira para cadeias da região. (Leia mais)

A cadeia de Umuarama tem capacidade para 64 detentos e está, atualmente, com 186 internos. No começo do mês, a lotação chegou a atingir o recorde de 220 presos.

Veja na reportagem em vídeo quais as reivindicações dos presos para libertar os reféns, segundo a major da PM, Mirian Nóbrega

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